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Vitiligo: causas, sintomas e tratamentos da doença que ainda gera preconceito

A dermatologista Mônica Cohen explica que, apesar de estigmatizado, o vitiligo é uma doença autoimune, que causa despigmentação da pele, mas tem tratamento

Publicado em 17/06/2021 às 21:07
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Dra. Mônica Cohen atende na Clínica Santa Rosa - Endereço: Rua Rio Grande do Sul, 2485 (Foto: Portal da Cidade Paranavaí)

Doença autoimune, hereditária e de causa desconhecida, o vitiligo é caracterizado pela despigmentação da pele, o que resulta em manchas sem cor no rosto e corpo. A médica dermatologista Mônica Cohen (CRM: 233960/ RQE: 191) explica que a doença atinge os melanócitos (células produtoras de melanina, responsáveis pela pigmentação da pele), no entanto, diferentemente do que muitas pessoas pensam, o quadro pode ser revertido com tratamento e quanto mais precoce for iniciado, melhores os resultados.

A dermatologista ressalta que essa não é uma doença maligna, mas por conta das alterações que provoca na cor da pele, é bastante estigmatizada e, em alguns casos, pode levar o paciente à depressão. "Essa é uma doença autoimune, ou seja, o próprio organismo age contra a pigmentação da pele, retirando a cor.  As manchas podem se concentrar somente em um lugar ou se espalhar. Em alguns casos, pode ter cura sem necessidade de tratamento ou pode evoluir e ter um comportamento bem variado. Porém, quando tratada na fase inicial, tem mais chances de voltar a pigmentação", explica a médica.

Ela ainda esclarece que o vitiligo pode estar acompanhado de outras doenças autoimunes, como tireoide, diabetes e glicemia. Nesses casos, o próprio organismo age contra a pigmentação da pele.


A especialista ressalta que, em crianças, o vitiligo pode ainda ter origem psicossomáticas, ou seja, surgir após um choque emocional por perda de um ente querido, de um animal de estimação, mudança de casa ou de escola, separação dos pais, ou outra situação que gere um estresse maior. As manchas podem ser focais (em um único lugar) ou generalizadas, aparecendo em várias regiões do corpo como: rosto, ao redor da boca e dos olhos, nas axilas, nos joelho, nas pontas dos dedos e cotovelos e outros.

 

Mônica Cohen, Dermatologista

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"Antigamente muitos pacientes não procuravam o médico porque acreditavam que não existia tratamento. Mas ao perceber os primeiros sinais da doença é essencial procurar um especialista, principalmente crianças, porque a resposta em criança é muito mais rápida. No adulto, o tratamento é lento, mas da mesma forma, quanto mais rápido a procura, mais rápida é a resposta."

Mônica Cohen, Dermatologista

 

Nos últimos anos, o vitiligo tem ganhado visibilidade, após famosos assumirem a doença. Uma delas é a modelo canadense Winnie Harlow, que deixou de lado o preconceito e o bulliyng e assumiu as manchas nas passarelas.

Fotos: Jacob Webster/ Reprodução Instagram

Diagnóstico

O diagnóstico do vitiligo é feito no próprio consultório, durante a consulta com o especialista. A médica ressalta que, geralmente, não é necessário biopsia e o diagnóstico é feito a partir do histórico do paciente e por meio de um exame clínico utilizando uma lâmpada de Wood. "Com esse equipamento é feita a verificação dessas manchas que ficam bem azuladas no escuro", explica.

Lâmpada de Wood para diagnóstico de vitiligo.

Tratamento

A Dra. Mônica esclarece que o tratamento para vitiligo pode ser feito com com medicamentos tópicos (de passar sobre a pele, como pomadas e cremes) contendo corticoides, imunomoduladores e outros medicamentos que induzem a pigmentação, ou com remédios de uso oral.

"Também em consultório é possível fazer a Microinfusão de Medicamentos na Pele (MMP). Esse é um procedimento injetável, que aliado aos banhos de luz (fototerapia), podem trazer bons resultados".

Outra forma de tratamento é o transplante de melanócitos. Esta técnica pode ser usada para aquelas lesões que não têm alterações há mais de um ano. No consultório, a médica faz o enxerto de pele, retirando de outra parte do corpo para repigmentar o local da lesão.

Transplante de melanócitos.

"Outra alternativa, quando o vitiligo afeta mais de 50% do corpo do paciente, é tentar despigmentar toda a pele com alguns medicamentos, como foi o caso do cantor Michael Jackson, que fez a despigmentação total", ressalta.

Cuidados

Por conta da despigmentação que retira a cama de proteção feita pela melanina, a pele de uma pessoa com vitiligo é mais clara e sensível e o risco de câncer de pele no futuro aumenta, por isso, a médica ressalta a importância de um acompanhamento médico em longo prazo. No dia a dia é indispensável o uso de protetor solar e óculos de sol.


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A Dra Monica Cohen é especialista em tricologia (doenças do cabelo), especialista em cirurgia dermatológica, especialista em câncer da pele e também realiza fototerapia para tratamento de vitiligo. Ela fez residência em dermatologia em Taubaté, São Paulo, e também tem residência médica em pediatria.

Ela atende na Clínica Santa Rosa - Endereço: Rua Rio Grande do Sul, 2485

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