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Epidemia

Primeiro LIRA do ano tem índice de 6,0 e alto risco de infestação de dengue

Região com maior infestação de larvas é a que abrange os jardins São Jorge, Santa Maria, Matarazzo, Vista Alegre, Simone e Três Conjuntos. Índice é de 7,4

Publicado em 17/01/2020 às 21:13
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O índice, que era de 1,0 (baixo risco) em outubro, agora está cinco vezes maior. (Foto: Prefeitura de Paranavaí)

Os agentes de endemias de Paranavaí trabalharam esta semana com visitas domiciliares em todos os bairros da cidade para fazer o primeiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes (LIRA) de 2020. O resultado é preocupante. O índice, que era de 1,0 (baixo risco) em outubro, agora está cinco vezes maior. O novo LIRA registrou média de 6,0, agora alto risco de infestação, o que revela o ritmo acelerado de proliferação das larvas do mosquito Aedes aegypti e mantém as chances de uma nova epidemia na cidade.

Para a realização do novo LIRA, a Vigilância em Saúde dividiu a cidade em cinco setores de fiscalização. Apenas um dos setores está com médio risco de infestação, com índice de 3,5. Os outros quatros setores estão na faixa de alto risco, com índices entre 4,8 e 7,4. No total, foram inspecionados 2.204 imóveis entre os dias 13 e 16 de janeiro (de segunda a quinta-feira). 

A região com maior infestação de larvas é a que abrange os jardins São Jorge, Santa Maria, Matarazzo, Vista Alegre, Simone e Três Conjuntos. Nestes locais o índice é de 7,4. “Principalmente nesta região, o alerta é total. Tanto que neste sábado (18) já vamos fazer o segundo mutirão de recolhimento de materiais que possam acumular água em duas áreas da Coloninha do São Jorge”, aponta a diretora da Vigilância em Saúde, Keila Stelato. 

A região que abrange a Vila Operária e Jardim Santos Dumont, está com índice de 6,5. Em seguida aparecem as regiões dos jardins: Ouro Verde, Ouro Branco e Sílvio Vidal (5,3); e a região do Centro e Jardim Guanabara (4,8). O menor índice registrado foi na região do Sumaré, Morumbi, Monte Cristo, Vila Paris, América e Parque Industrial (3,5). 

Entre os locais onde foram encontrados criadouros de larvas do Aedes, o maior percentual (50,9%) está nos depósitos passíveis de remoção, como lixo (recipientes plásticos, latas), sucatas em pátios de ferro velho, entulhos e pneus. Em seguida, aparecem os pequenos depósitos móveis (32%) como vasos e frascos com água, pratos, pingadeiras, recipientes de degelo de refrigeradores, bebedouros de animais e pequenas fontes ornamentais.  

“Infelizmente estamos sendo obrigados a partir para a adoção de medidas mais severas para tentar fazer com que as pessoas se conscientizem da gravidade do problema que estamos vivendo. O município já está em situação de surto endêmico de dengue e demais doenças relacionadas ao mosquito Aedes. E, historicamente, a tendência para os próximos meses é que a situação seja agravada por conta da estação das chuvas, combinada com as altas temperaturas. Ou a população desperta e nos ajuda nesta luta contra a dengue, ou um surto grave como o de 2013 vai ser inevitável”, lamenta a secretária de Saúde, Andréia Vilar.

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