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Saúde

Grávidas devem ficar atentas às vacinas recomendadas durante a gestação

Algumas gestantes têm medo de tomar vacinas, pois acham que isso pode fazer mal para o bebê, mas a vacinação é importante para proteger a mãe a criança

Publicado em 25/02/2019 às 02:08
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A gravidez é uma das fases mais bonitas na vida de uma mulher, e também é um período que exige total atenção e cuidados com a saúde da mãe e do bebê. Muitas mulheres ficam com receio, por exemplo, de tomar vacinas durante a gestação, acreditando que isso pode fazer algum mal para o bebê. Mas ter atenção ao esquema vacinal, é muito importante para proteger tanto a mãe como a criança.

“As vacinas tomadas pela mulher grávida valem por duas, porque protegem tanto a mãe quanto o bebê. Os efeitos das vacinas são transmitidos via placenta para o feto, assim como, após o nascimento, a transmissão se dá pelo aleitamento materno, até que a criança tenha idade para iniciar seu próprio ciclo de vacinações. Claro que existem algumas vacinas que são contraindicadas durante a gravidez, mas pelo menos quatro são altamente recomendadas e essenciais para a proteção da mãe e do bebê”, explica a coordenadora do setor de Imunização do município, Míryan Jordão.

Conheça as quatro vacinas recomendadas para mulheres durante a gravidez:

 Influenza (gripe)

A vacina contra a gripe é uma das mais importantes durante a gestação. Além de imunizar contra o vírus da gripe, também protege de quadros mais graves, como pneumonia, devido à queda da imunidade.
Gestantes, puérperas e crianças com até 5 anos representaram 11,4% das mortes por Influenza entre pessoas com fatores de risco em 2017. E bebês com até 6 meses de vida têm 40% mais chances de serem internados em UTI por Influenza do que bebês entre 6 e 12 meses. 

A dose da vacina da Influenza pode ser prescrita em qualquer mês da gravidez ou em até 45 dias após o nascimento do bebê, para aquelas que não tomaram durante os nove meses, em uma dose única.

dTpa (H3 Tríplice bacteriana)

Dos 2.955 casos de coqueluche registrados no Brasil em 2015, 1.850 (ou 65%) foram em crianças menores de 1 ano. Das 35 mortes, 30 foram de bebês menores de três meses.
Além da proteção contra a coqueluche, a vacina dTpa também protege contra a difteria e o o tétano neonatal, infecção que pode ocorrer com instrumentos inadequados e contaminados usados para cortar o cordão umbilical.

A mulher grávida deve tomar uma dose a cada gestação a partir das 20ª semana, ou até 45 dias após o parto.

Hepatite B
A doença não apresenta sintomas bem definidos, mas o indivíduo que a contrai pode ter vômito, dores musculares, náuseas e mal-estar (sintomas pertinentes a outras complicações também). A infecção durante a gravidez é uma via comum de transmissão, então é importante evitar que a mãe se infecte e não transmita ao feto ou ao recém-nascido. Criança infectada com hepatite B pode apresentar cirrose hepática e câncer hepático na fase adulta.

No Brasil, 11,1% dos casos de Hepatite ocorreram em gestantes. A transmissão vertical (da mãe para o filho) somou 6,2% do total. Além disso, 90% dos recém-nascidos que contraem Hepatite B durante o parto desenvolvem a forma crônica da doença.

A vacina contra hepatite B deve ser administrada em três doses, preferencialmente a partir do segundo trimestre da gestação. Se a gestante já foi vacinada anteriormente, não há necessidade de reforço.

Dupla Adulto

A vacina previne contra difteria e tétano. O tétano neonatal matava 6,7 de cada 1.000 bebês nascidos no fim da década de 1980. Graças às políticas de vacinação, apenas 15 países ainda não conseguiram eliminar a doença. A região das Américas alcançou esta conquista. 

A vacina Dupla Adulto deve ser tomada em duas doses, de acordo com a situação vacinal, além da dose da dTpa, a partir da 20ª semana de gestação.

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