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Vereador Pó Royal se manifesta sobre denúncia de perseguição e ameaça a mulheres

O vereador pediu o direito de resposta ao Portal da Cidade, o qual foi concedido. Veja o que diz em sua defesa.

Publicado em 23/05/2022 às 14:00
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Pó Royal é pré-candidato a deputado federal. (Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

Na última segunda-feira (16), vereadores de Paranavaí acataram por unanimidade uma denúncia por quebra de decoro parlamentar contra o vereador Roberto Cauneto Picoreli (PP), conhecido como Pó Royal, sob acusação deste ter utilizado seu poder político para ameaçar e perseguir duas mulheres com quem se relacionou.

A denúncia, lida pela vereadora Fernanda Zanatta (PSL), diz que duas vítimas registraram boletins de ocorrência na delegacia de Paranavaí, afirmando que teriam se relacionado com o vereador e, após o término, passaram a ser ameaçadas por ele, que queria reatar o namoro.

Uma das situações lidas na denúncia diz que o vereador teria utilizado seu poder político para ameaçar transferir uma das namoradas, que é servidora pública, para outra cidade.

Como houve aceitação de todos os vereadores, Pó Royal foi afastado e foi nomeada uma comissão processante para definir se o processo seguirá adiante ou será arquivado.

O que diz o vereador?

O vereador Pó Royal se manifestou pedindo o direito de resposta ao Portal da Cidade, o qual foi concedido. Ele enviou uma nota, assinada pelo seu coordenador geral de pré-candidatura a deputado federal, Sérgio Luiz Carlos dos Santos, que já foi assessor do vereador, mas foi exonerado em abril do ano passado, esclarecendo a situação.

No documento, o coordenador diz que  a denúncia alega crime de stalking, mas este fato não corresponde com a verdade, pois a pessoa que denunciou não tem procuração das mulheres diretamente envolvidas no episódio pessoal e as expôs, assim como expôs o vereador, violando a intimidade dos envolvidos.

A nota ainda diz que, antes disso, o vereador teria tentado resolver o problema com as pessoas envolvidas e que a denunciante não esclareceu como teve acesso aos documentos policiais, inclusive com segredo de justiça, segundo ele.

"Existe uma mão covarde obscura, usando a professora [denunciante] (que se deixou usar e responderá civil e criminalmente na forma da lei, garantido a ela o devido processo legal com o contraditório e a ampla defesa), cujo interesse é cassar os direitos políticos do vereador Pó Royal, pré-candidato a deputado federal, para supostamente não 'atrapalhar' o outro candidato", diz o trecho.

A defesa de Pó Royal ainda diz que o Regimento Geral da Câmara, em seu artigo 119 diz que "O vereador que descumprir os deveres inerentes a seu mandato, ou praticar ato que afete a sua dignidade, sujeita-se ao processo e às medidas disciplinares previstas nesta resolução: II – Suspensão temporária do exercício do cargo, graduada de sete a vinte e um dias", o que, segundo eles, não aconteceu neste caso, pois o vereador foi afastado por 90 dias.

A nota ainda cita outras situações de desavenças, com relação a outros políticos da cidade, porém, os trechos não foram mencionados, pois não dizem respeito ao assunto em questão.


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