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Dia da Mentira

1° de Abril: Educação vem de berço. Mentira, também

Entre as desculpas mais contadas estão “Está tudo bem”, “Eu não sabia” e “Eu estava só brincando”. Conheça também as sete mentiras que todo mundo acredita.

Publicado em 01/04/2019 às 06:10
Atualizado em

(Foto: Ilustrativa/Pexels)

Maria Eduarda Oliveira (assistente de conteúdo)

Alguns dizem que mentir é pecado, mas, quantas mentiras “boas” você conta diariamente? Entre as desculpas mais contadas, de acordo com levantamento feito pela Revista Super Interessante, estão “Está tudo bem”, “Eu não sabia” e “Eu estava só brincando”. Existe distinção entre mentira boa e ruim? Todas elas são ruins? Ou todas são boas? “Depende”.

Conforme a psicóloga com especialização em análise do comportamento, Lilian Fernandes Lima, o ser humano aprende desde cedo as vantagens da mentira. Ela cita como exemplo o fato de que as próprias crianças aprendem a dizer que a mãe não pode atender ao telefone ou o pai não está em casa. Portanto, homens e mulheres aprendem a mentir dentro de casa, desde pequenos. Educação vem de berço. Mentira, também.

Lilian Fernandes Lima, Psicóloga, Paranavaí/PR

Por que mentimos?

“Falar a verdade ou contar uma mentira são comportamentos verbais aprendidos e mantidos pelas consequências que produzem. Se alguém tem alguma vantagem ou benefício por contar uma mentira, tal comportamento pode ser aprendido. Se mentir outras vezes trouxer mais vantagens, esse comportamento será mantido em alta frequência”

Lilian Fernandes Lima, Psicóloga, Paranavaí/PR

Muitos mentirosos de plantão veem apenas vantagens em manter suas histórias e fazer com que os outros acreditem nelas, mas, é fato que os enganadores passam pela dificuldade de manter suas versões, tendo que inventar novas e assim por diante. “A farsa cresce indiscriminadamente”, frisa a psicóloga. Ainda de acordo com ela, o ato de mentir é utilizado para afastar ou adiar consequências desagradáveis, hora ou outra, a verdade vem à tona.

Mentiras que todo mundo acredita

1. O homem veio do macaco

A confusão acontece porque seres humanos e macacos têm, de fato, um mesmo ancestral. 

Estudos indicam que, há mais de 6 milhões de anos, vivia em algum lugar da África uma espécie de primata que se dividiu em duas linhagens por conta de adversidades da natureza. De uma delas vieram os chimpanzés e bonobos atuais. Da outra, o homem. 

2. A palavra saudade é intraduzível

A ideia de que a palavra saudade não possui equivalência em outras línguas é um dos grandes mitos do nosso vernáculo. Como saudade é um sentimento universal, todo idioma acaba tendo seus próprios meios de expressá-la. Em 2008, a empresa britânica Today Translations ouviu mil tradutores e considerou saudade a sétima palavra estrangeira mais difícil de traduzir.

Tanta confusão também tem a ver com o fato de que em outras línguas é preciso combinar palavras para falar saudade. Um caso comum é o do inglês, que usa o verbo miss para determinar “falta de”.

3. A Terra tem apenas sete mares

A luz azul que guiou Tim Maia estava errada. São 61, para ser exato. Acredita-se que a teoria tenha origem no clássico As Mil e Uma Noites, uma coleção de contos populares árabes publicada há mais de mil anos.

Ao longo do tempo, navegantes se habituaram a dividir os oceanos em sete – e não em cinco, como aprendemos na escola. O detalhe é que mar é uma coisa, e oceano, outra. Enquanto o primeiro é formado por uma porção de água salgada cercada em parte ou totalmente por terra, o segundo determina áreas muito mais amplas e abertas. Quem delimita geograficamente o que é mar ou oceano é a Organização Hidrográfica Internacional.

4. O futebol foi inventado na Inglaterra

Nessa você pode até cair, mas o juizão não vai anotar pênalti. Ao contrário do que muita gente pensa, os súditos da rainha não inventaram o futebol. Mas há bons motivos para que eles levem a fama. Os britânicos criaram as principais regras conhecidas hoje. Além disso, definiram as medidas do campo, determinaram o tempo de jogo e fundaram a primeira associação de clubes, ainda na segunda metade do século 19.

5. Raios não caem duas vezes no mesmo lugar

De que servem os para-raios senão para atrair descargas elétricas e conduzi-las até o chão? Com 381 metros de altura, o Empire State Building, em Nova York, recebe em média 25 descargas elétricas por ano. Já no Brasil, dono da maior zona tropical do mundo e recordista em ocorrências de raios, o Cristo Redentor é castigado seis vezes ao ano.

6. Desapareceu? Espere 24h até fazer B.O.

No Brasil, não existe tempo mínimo de espera para notificar a polícia sobre o desaparecimento de alguém. O recomendado, inclusive, é que a ocorrência seja registrada nas primeiras horas da ausência. “Essa ideia foi incorporada por filmes e seriados, já que cada país tem seu próprio procedimento”, diz o delegado Gabriel Bicca, da Polícia Civil do Rio Grande do Sul.

7. A Amazônia é o pulmão do mundo

Ninguém sabe como essa história mantém seu fôlego. Tudo bem que, com 7 milhões de quilômetros quadrados, a Bacia Amazônica absorve (muito) dióxido de carbono e libera (muito) oxigênio. É o processo da fotossíntese em escala gigantesca. Mas o pulmão segue uma lógica inversa, pois absorve oxigênio e libera gás carbônico.

Digamos que aceitássemos a metáfora. Nem assim a Amazônia poderia ser o pulmão do planeta, por uma questão de escala. Afinal, toda a produção de oxigênio da floresta é consumida por ela mesma, pelo processo de metabolização das plantas – o seu próprio ciclo de vida. A grande contribuição da floresta amazônica está na manutenção dos ciclos hidrográficos.

(com informações da Revista Super Interessante)

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