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Agronegócio

Produtores e técnicos começam a organizar associação de irrigantes no noroeste

A expectativa é de que até o final de janeiro do ano que vem a associação esteja fundada

Publicado em 11/12/2019 às 02:08
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(Foto: Ilustrativa/Total Hidro)

O Sindicato Rural de Paranavaí (SRP) está trabalhando na organização de técnicos e produtores a fim de viabilizar projetos na área de irrigação para a região. Seguindo o modelo adotado pela Cooperativa Holambra 2, no município de Paranapanema (SP), a entidade trabalha agora na organização de uma associação de irrigantes, com a participação de técnicos do poder público e da iniciativa privada e produtores. 

Com a presença de representantes do SRP, Emater, Centro Tecnológico da Mandioca (Cetem), Sociedade Civil Organizada e empresas particulares, uma nova reunião foi realizada na tarde desta terça-feira (10), entre o grupo gestor, que atua na área de sensibilização e na interação com o Governo do Estado e Federal, e o grupo técnico, que vem desenvolvendo os projetos. Na ocasião, os técnicos apresentaram os trabalhos desenvolvidos até agora.


Seguindo Claodemir Grolli, do Cetem, que coordena o grupo técnico, foi identificada a necessidade de o grupo gestor atuar para vencer alguns obstáculos que podem travar ou atrasar o processo, como: energia elétrica, licenciamento ambiental, capacitação para técnicos e produtores (nivelamento das informações) e a necessidade de criação de uma associação.

O grupo gestor, que já manteve contato no Governo do Estado e nos Governo Federal (Ministério da Agriculturas, Ministério do desenvolvimento Regional, Ministério da Infraestrutura etc) já iniciou os contatos para formação da associação. “É uma entidade aberta para os que já estão irrigando suas lavouras e para os que ainda não usam esta prática, mas têm interesse no assunto e pretendem adotá-la no futuro, bem como para técnicos do poder público e da iniciativa privada. Vamos criar a associação para fortalecer os agricultores irrigantes””, informa Ivo Pierin Júnior, presidente do Sindicato e coordenador do Grupo Gestor.

IRRIGAÇÃO NO PARANÁ – Estudos mostram que apenas 0,7% da agricultura paranaense é irrigada. Na região, a área irrigada é pequena. Existem cerca de 15 mil hectares de várzeas as margens do Rio Ivaí e Rio Paraná, com plantações de arroz, e há pequenos núcleos de lavouras de grãos e de laranja irrigadas. “Precisamos ter uma associação, fazer o diagnóstico das necessidades e ganhar poder e força na hora de reivindicar”, diz Grolli.

A expectativa é de que até o final de janeiro próximo, a associação esteja fundada e tenha uma participação ativa no evento quem vai acontecer no dia 17 de fevereiro, na Assembleia Legislativa do Paraná. “Vamos a Assembleia mostrar a importância da irrigação e quanto o agronegócio paranaense será fortalecido com esta prática. Precisamos do apoio dos deputados nesta luta”, diz Demerval Silvestre, da Sociedade Civil Organizada.

A região tem um grande potencial para aumentar a sua produtividade agrícola. No entanto, um dos entraves é a chuva mal distribuída ao longo do ano, o que poderá ser resolvido com a irrigação. “É preciso deixar claro que a irrigação é uma das ferramentas. Ela sozinha não faz muita coisa. Junto com ela tem que estar presente o manejo de solo, a rotação de culturas e adubação”, diz Pierin, acrescentando que estas práticas, juntas, podem quintuplicar a capacidade de lotação das pastagens, por exemplo.

E o investimento se paga em pouco tempo. O payback do investimento é de, no máximo, cinco anos. “O valor varia de acordo com a necessidade de energia, se a linha está próxima ou mais longe, como será feito o reservatório e outros detalhes. Mas o investimento se paga, no máximo em cinco anos”, finaliza Pierin.


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