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Política

TSE sofre tentativa de ataque cibernético

Segundo o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, a tentativa foi neutralizada sem causar consequências

Publicado em 15/11/2020 às 07:30
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Ataque cibernético tentou gerar uma sobrecarga e tirar site do ar (Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil)

Um ataque cibernético tentou gerar uma sobrecarga e derrubar os sistemas da Justiça Eleitoral neste domingo (15), dia do primeiro turno das eleições municipais deste ano. A tentativa, porém, foi neutralizada sem causar consequências, segundo o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso.

“Houve uma tentativa de ataque hoje, com um grande volume de acessos simultaneamente. Foi totalmente neutralizado pelo Tribunal Superior Eleitoral e pelas operadoras de telefonia. Portanto, sem qualquer repercussão sobre o processo de votação”, disse o ministro. 

De acordo com Barroso, “muito provavelmente” o ataque teve origem fora do Brasil, embora grupos internos possam vir a reivindicar a autoria em busca de fama. 

O ministro também comentou uma notícia recém-publicada sobre o vazamento de dados de funcionários do TSE. Ele disse que essas informações não têm relação com a tentativa de ataque deste domingo, mas remontam a outro ataque do passado. 

“Esse vazamento não é produto de um ataque atual, é um ataque antigo, que ainda não fomos capazes de precisar quão antigo, se antigo de 10 dias ou antigo de cinco anos”, disse Barroso em sua primeira entrevista coletiva dada a partir do TSE durante o primeiro turno das eleições municipais. Ele acrescentou que tais tentativas de invasão são “bastante comuns”. 

O ministro frisou que o processo de votação não poderia ser afetado por tais ataques, uma vez que as urnas eletrônicas não ficam conectadas a nenhuma rede. Ele lembrou que o resultado de votação em cada equipamento é impresso ao final do dia, encaminhado a representantes partidários e afixado nas próprias zonas eleitorais. 

Por isso, mesmo em caso de ataque aos sistemas do TSE durante a transmissão dos dados, não seria possível afetar o resultado da eleição, assegurou Barroso. 

Após ser questionado se, ainda assim, a ocorrência de tais tentativas de invasão não poderia dar vazão a queixas sobre a lisura do processo eleitoral, o ministro respondeu ser natural que se desconfie, mas que até o momento ninguém apresentou provas de qualquer fraude. 

“Se alguém trouxer um fato e uma prova de que aconteceu alguma coisa errada, eu vou investigar. Meu papel é enxergar além da retórica política e ver se há fatos que precisam ser apurados”, disse ele. “O Brasil é um país tão singular que até quem ganha reclama de fraude”, acrescentou.

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