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Maurício Gehlen assume diretoria e defende protagonismo de empresários

Para o industrial, o futuro da cidade tem de estar nas mãos da iniciativa privada e de entidades não governamentais

Publicado em 13/01/2018 às 08:48

Maurício Gehlen assinando o termo de posse da diretoria (Foto: Divulgação/Assessoria de Imprensa)

Na transmissão de cargo de presidente da Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí (Aciap), na noite dessa sexta-feira (12), na sede da entidade, os empresários João Roberto Viotto (que saiu) e Maurício Gehlen (que assumiu) defenderam um maior protagonismo dos empresários nos destinos da cidade. Até porque, “prefeitos, vereadores, deputados, senadores, governadores e até o presidente da República passam, mas a cidade não”, explicou Gehlen.

No pronunciamento de despedida, Viotto agradeceu a dois políticos, o prefeito Carlos Henrique Rossato Gomes, o delegado KIQ, e o deputado Sebastião Medeiros, mas num recado aos políticos, disse que “é preciso deixar a vaidade de lado e pensar mais na cidade.”


O agora ex-presidente lamentou que viu, pelas redes sociais, muitos empresários paranavaienses que foram a Maringá no mês passado contemplar a decoração natalina e acabaram fazendo compras por lá. “E aqui não temos uma lei que permita fazer uma bela decoração.” E conclamou a categoria ao protagonismo: “nós, empresários, temos que fazer alguma coisa”.

O novo presidente discursou na mesma linha. “Cabe à iniciativa privada e a entidades não governamentais assumir as rédeas da cidade e fazer dos políticos um aliado em nossas lutas, como aconteceu com a extensão da duplicação da BR-376 até Paranavaí, já que o projeto original previa a benfeitoria somente até Nova Esperança; a reitoria da Unespar, a Unidade Morumbi da Santa Casa, etc”.

Nessa linha de raciocínio, Gehlen anunciou a formação de um grupo econômico para discutir o futuro da cidade.  “Temos algumas propostas para nossa gestão. Uma delas, que chamo de G-8, mas pode ser G-9, G-10 ou qualquer outro número, é formar um grupo de entidades de classe que movimentam a economia local, como a Sociedade Rural, o Sindicato do Comércio Varejista, a Associação de Microempresas de Paranavaí e a Sociedade Civil Organizada, com a finalidade de debater os rumos da nossa cidade e seu desenvolvimento econômico, social e político”, informou.

GRATIDÃO – Outro ponto comum nos pronunciamentos de Viotto e Gehlen foi a manifestação de gratidão. Ambos agradeceram aos funcionários da Aciap pelo apoio que receberam. Viotto estendeu os agradecimentos, além do prefeito e deputado, também ao Siccob, “um grande parceiro de nossa gestão”, à Polícia Militar e ao conselho Comunitário de Segurança (CCS).

O novo presidente também tocou nas questões econômicas. Citou a crise e a recuperação econômica e questionou: “Os empresários se prepararam para o reaquecimento da economia? Onde eles estavam quando o país enfrentava a severa crise? Reclamando? Se reciclando para aproveitar quando a crise fosse embora? Buscando alternativas e novos mercados? Lançando novos produtos?”. E sutilmente deixou a mensagem de que reclamar não é solução. Foi neste momento que pediu o protagonismo dos empresários.

RESPONSABILIDADE SOCIAL - Maurício Gehlen defendeu o apoio da entidade para as agroindústrias e os setores metalmecânico e de artefatos de cimentos, como opções de desenvolvimento econômico. Destacou o avanço das pesquisas através do Instituto Federal e do Parque Tecnológico de Agroinovação e pediu a união da classe para “deixar de vez esta crise para trás”.

Mais adiante, disse que vai atuar para buscar linhas de crédito aos associados que financiem o desenvolvimento local e regional. “Nesta busca de crédito para financiar o crescimento de nossas empresas, esperamos contar com as cooperativas de crédito Sicoob e Sicredi, que nasceram aqui nesta entidade e se fortaleceram. Juntos vamos promover o desenvolvimento econômico da cidade”, pediu.

O novo presidente encerrou o pronunciamento dizendo que pretende realizar um mandato que se caracterize pela responsabilidade social. Pediu apoio dos diretores para esta proposta, inclusive que levem esta proposta para suas empresas. “Vamos buscar o lucro com o nosso suor, com dedicação e entusiasmo. Mas vamos também estender a mão aos que ainda não tiveram a oportunidade de ascender na escala social. Vamos ampliar nossas empresas também com o objetivo de gerar mais empregos. Não haverá uma cidade grande, justa e fraterna, enquanto tivermos irmãos e irmãs passando fome. Até por uma questão de humanidade vamos estender a nossa mão aos que mais  necessitam”, arrematou.

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