Mais de 63% dos casos confirmados de dengue em Paranavaí
estão concentrados em quatro regiões da cidade: região do Jardim Santos Dumont,
região do Jardim São Jorge, região da Vila Operária, e área do Centro. Um
levantamento divulgado pela Vigilância em Saúde nesta quinta-feira (9) aponta
que, até o momento, a cidade já tem 880 casos notificados de dengue este ano.
Do total, 190 casos foram confirmados, 570 negativados e 120 aguardam
resultado.
“Pelo menos 121 dos casos confirmados estão
concentrados em pontos específicos dos jardins Santos Dumont, São Jorge, Vila
Operária e Centro. Só no Santos Dumont são 56 casos confirmados. Lá, temos um
bloco de 15 quadras com mais de 20 pessoas com dengue. Temos ruas onde tem
quatro ou cinco residências vizinhas com casos confirmados. Isso mostra que a
circulação viral está aumentando e a proliferação das larvas está em ritmo
acelerado. Estamos em um momento crítico, pois o município não está recebendo
as doses dos venenos utilizados para fazermos os bloqueios virais no entorno
dos locais onde são notificados os casos suspeitos. Esse material, que é
repassado pela Secretaria de Estado da Saúde, está em falta há algumas semanas.
Agora, mais do que nunca, a população precisa ajudar, fazer sua parte, limpar
os quintais, as calhas, os recipientes que possam acumular água. Este mês de
maio é um dos mais críticos, já que, com as temperaturas mais amenas, as fêmeas
saem em busca de alimento e vão picar muita gente, podendo transmitir a
dengue”, explica o assessor da Vigilância em Saúde, Randal Fadel Filho.
Atualmente, os agentes de endemias trabalham em campo
fazendo visitas aos 51.821 imóveis cadastrados no município. A cobertura total
é de 2.152 quarteirões da cidade. Além disso, a Vigilância faz vistorias
quinzenais em 147 pontos estratégicos, onde há maior possibilidade de haver
criadouros de larvas do Aedes aegypti, como borracharias, ferro velho e
armazenadores de recicláveis.
“Nós estamos alertando a população há meses sobre os riscos
de uma epidemia que pode prejudicar a cidade. Nossa realidade é preocupante.
Nosso primeiro LIRA (Levantamento de Índice Rápido do Aedes), em janeiro,
registrou 3,2 (médio risco). Em março, o índice já subiu para 4,7 (alto
risco), o que revela o ritmo acelerado de proliferação das larvas do mosquito
Aedes aegypti e aumenta ainda mais as chances de uma nova epidemia na cidade.
Os números são assustadores: em 2017, fechamos o ano com 25 casos confirmados
de dengue na cidade; em 2018, foram 37; e este ano, só nestes primeiros 130
dias, já temos 194 confirmados. Continuamos insistindo: estamos em alerta
total”, frisa .