Uma síndrome rara e uma lesão na medula transformaram a vida
da professora universitária Giane Andrade, que morou em Paranavaí por mais de
25 anos e hoje reside em Maringá “Eu era muito ativa, professora na faculdade,
estava numa fase em que terminei o mestrado e ia para o doutorado quando tudo
aconteceu”, afirma.
Giane descobriu, há dois anos, que nasceu com a síndrome de Arnold-Chiari, ou má formação de Arnold-Chiari, doença que causa má formação do
sistema nervoso. Foi então que começou toda a luta. De lá para cá, a professora
enfrentou sete cirurgias (seis na cabeça e uma no pé). “Com essas cirurgias, eu
tive uma lesão medular e parei de andar. [Agora], nós estamos lutando para que
eu consiga me reabilitar”, diz.
A lesão afetou grande parte do lado direito do corpo de Giane, o equilíbrio, a visão e a fez perder o movimento de um dos pés. Sem tirar o sorriso do rosto e com o apoio da família, buscou alternativas de tratamento para que conseguisse recuperar a mobilidade, total ou parcialmente.
Uma oportunidade de reabilitação apareceu no Hospital Sarah
Kubitschek, em Brasília. Ela explica que buscou ajuda do governo estadual para
custear parte dos gastos, mas não obteve sucesso. “Para custear a nossa viagem,
alimentação e estadia lá, a gente faz algumas ações, porque eu não consegui o
TFD [Tratamento Fora de Domicílio], que é um direito que a gente tem. [Quando]
o estado não oferece aquilo que eu preciso, ele tem que me pagar a viagem e um
valor em estadia”, comenta.
No entanto, o benefício não foi liberado porque, segundo
ela, a lesão na medula foi causada por doença. Caso o motivo fosse acidente, o
estado alega que liberaria os recursos. A ideia – e a saída – foi, então,
buscar o apoio de amigos. A primeira ação foi a venda de pizzas. Os recursos
custearam parte da viagem e da estadia de Giane e do filho em Brasília pelo
período que estiveram no hospital.
Agora, próximos de voltar à capital brasileira para darem
continuidade ao tratamento de reabilitação, uma nova ação foi colocada em
prática. Familiares e amigos de Giane se empenham na venda de rifas de uma
cesta de chocolates para a Páscoa para arrecadação de recursos.
Como ajudar?
As rifas, de R$ 10 cada, podem ser compradas diretamente com
Giane, pelo telefone (44) 9 8437-7749.
O pagamento será feito via depósito bancário: Banco
Bradesco Giane Rodrigues de Souza de Andrade
Agência: 2460
Conta Corrente: 22542-8
CPF: 027.883.289-07
O sorteio será feito nesta quinta-feira (18), às 19h, por
meio de uma live no perfil de Giane no instagram.
'Vida que segue'
Mesmo com as dificuldades, Giane, ou Gi, como é carinhosamente chamada, decidiu não se deixar abater. Dedicou o tempo a um canal no Youtube e ao Instagram, redes em que compartilha a história de vida e dá o próprio exemplo como motivação para outras pessoas. “A gente tem duas opções: ficar triste, deixar a doença tomar conta, ficar numa cama, chorando, ou a gente tem que agir. É isso o que a gente tem para hoje, então bola para frente. Já tive muitos livramentos e vou fazer alguma coisa para ficar melhor”, afirma.
Confira outras notícias de Maringá e região no Portal GMC Online.