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Astronomia

Meteoro que passou pelo céu do noroeste é comum, diz Astrônomo

Segundo o pesquisador, o que os moradores viram é um bólido, um pedaço de rocha do espaço que entra na atmosfera na velocidade de 100 mil a 120 mil km/h

Publicado em 12/09/2019 às 23:40
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O meteoro que passou por Paranavaí e região noroeste na manhã desta sexta-feira (13), deixou muita gente com medo. Muitos moradores relataram terem visto um forte clarão seguido de um estrondo. Algumas câmeras de videomonitoramento flagraram a forte luminosidade. 

Mas apesar de inusitado, pesquisadores da astronomia dizem que o fato não é motivo para pânico. Segundo o Astrônomo e pesquisador do Observatório Nacional (ON), Marcelo de Cicco, o fato é comum de acontecer, o incomum foi o estrondo, que assustou os moradores. De acordo com ele, o que passou por Paranavaí foi um bólido, de baixa energia, se comparado a outros que já caíram no Brasil.

“O bólido é um pedaço de rocha do espaço que entra na atmosfera na velocidade de 100 mil km/h a 120 mil km/h. A explosão acontece durante essa entrada, mas não há risco de cair e machucar ninguém, nem fazer cratera na terra, pois ele já explodiu no espaço”, explica o Astrônomo.

Cicco, que também coordena a Exoss Rede de Meteoros no Brasil, grupo especializado de astrônomos profissionais e amadores que estudam e monitoram esse tipo de fenômeno, explica que o máximo que pode acontecer, caso um vestígio de meteorito atinja uma casa, é quebrar uma telha. “Estamos fazendo análises e tentando determinar a trajetória percorrida por esse meteoro. Por meio de depoimentos e vídeos das pessoas que presenciaram a passagem vamos conseguir saber por onde ele passou”, diz o pesquisador.

Qualquer pessoa que veja algo brilhante, como uma estrela cadente, no céu e suspeitar que seja um bólido (meteoro extremamente brilhante) pode relatar o caso ao grupo de pesquisadores Exoss Bólide Brasil pelo link. O relato permitirá analisar o que aconteceu e contribuirá para os estudos mundiais sobre meteoros.

Atualizada às 16h38

Os pesquisadores conseguiram traçar uma trajetória preliminar do meteoro. Segundo a análise preliminar do grupo Exoss, baseada nos relatos visuais e em vídeos, o bólido teria percorrido uma trajetória aguda de sul para norte, com ponto de impacto a 6 km a noroeste de Japurá – PR, com possibilidade de ter gerado meteoritos.

Foto: Divulgação/ Exoss

Confira aqui a divulgação preliminar.



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