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Mapa da água

Estudo detecta chumbo acima do limite na água de Paranavaí

Levantamento divulgado nesta semana mostrou que a água de mais de 700 cidades brasileiras foi contaminada pelo menos uma vez entre 2018 e 2020.

Publicado em 09/03/2022 às 12:05
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O levantamento foi feito entre 2018 e 2020 e indica que substâncias químicas e radioativas foram encontradas acima do limite em 1 a cada 4 cidades que fizeram os testes. (Foto: Ilustrativa/iStock/Getty Images)

Um estudo divulgado nesta semana pela Repórter Brasil, organização que visa identificar e tornar públicas situações que ferem direitos trabalhistas e que causam danos socioambientais no Brasil, mostra que a água que chega às torneiras de 763 cidades foi contaminada com produtos químicos e radioativos. Paranavaí aparece na lista desses municípios.

O levantamento foi feito entre 2018 e 2020 e indica que substâncias químicas e radioativas foram encontradas acima do limite em 1 a cada 4 cidades que fizeram os testes. O chamado "Mapa da Água" mostra que duas substâncias foram encontradas acima do limite na água dos paranavaienses: o chumbo, que é considerada uma substância com maior risco de gerar doenças crônicas, como o câncer; e ácidos haloacéticos total, considerada substância que gera risco à saúde.


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A organização explica que os dados são resultados dos testes feitos, após o tratamento da água, por empresas ou órgãos de abastecimento enviados ao Ministério da Saúde. A maioria das substâncias encontradas não podem ser removidas por filtros ou fervura. Cidades da região, como Paraíso do Norte, Alto Paraná e Nova Esperança, também apareceram no levantamento.

O QUE DIZ A SANEPAR

A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) enviou uma nota à redação do Portal da Cidade se posicionando diante do estudo citado. Ela afirma que realiza 7,5 milhões de análises por ano. "Este controle é realizado, de acordo com cada parâmetro, a cada hora, diariamente, mensalmente e a cada semestre, seguindo o monitoramento definido pela Portaria de Potabilidade do Ministério da Saúde e com aprovação das Vigilâncias Sanitárias municipais", explica.


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Leia, na íntegra, a continuação da nota:

Todos os resultados das análises laboratoriais de qualidade da água da Sanepar são monitorados por uma rede de saúde pública formada pela Vigilância Sanitária, Secretaria Estadual de Saúde e Ministério da Saúde. A Sanepar envia relatório dos resultados às Vigilâncias Sanitárias municipais, que recebem essas análises em primeira mão e alimentam o Sistema de Informação da Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua), do Ministério da Saúde.

Além desse sistema, as mesmas informações ficam disponíveis para a população no site da Sanepar no campo “Qualidade da Água”, conforme exigência do decreto federal 5440.

Outros parâmetros constantes na legislação de potabilidade podem ser solicitados pelo cliente diretamente nos canais de atendimento da Sanepar.

Não há registro de qualquer notificação ou intervenção de nenhum órgão de vigilância na área da saúde, nem nas esferas municipais, na estadual e na federal, que acuse qualquer omissão ou irregularidade da Sanepar na qualidade da água fornecida pela Companhia.

Também não há nenhum registro de qualquer histórico de incidência de radioatividade na água nas unidades de produção da Sanepar.

As análises servem para a empresa identificar os problemas, avaliar o alcance e definir as ações de correção, que são feitas para garantir a potabilidade da água fornecida pela Sanepar em cada um dos 346 municípios atendidos pela Companhia.

A Sanepar atua de maneira rápida e com medidas de curto prazo quando há qualquer identificação, ainda que seja mínima, de padrões fora do Valor Máximo Permitido (VMP) de qualquer substância. O VMP é definido em portaria pelo Ministério da Saúde.

O monitoramento da Sanepar é realizado em todas as etapas: desde a captação da água nos rios e poços, no processo de tratamento e na rede de distribuição.

A Companhia tem uma das maiores e mais modernas redes de laboratórios de análises ambientais da América do Sul, com credenciamento pela Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro (CGCRE) de que seus processos são executados de forma precisa e de acordo com padrões de excelência definidos pela norma ISO/IEC 17.025:2017, da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Esta norma é exclusiva para laboratórios de ensaio e calibração, além de certificação NBR ISO9001:2015, desde 1997.

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