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Saneamento

Estiagem ainda é severa e exige ações emergenciais no Paraná

“Nos últimos dez anos, nunca as barragens chegaram a níveis tão baixos", afirma o diretor de Meio Ambiente da Sanepar, Julio Gonchorosky.

Publicado em 18/07/2020 às 08:39
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A orientação é que a população se esforce ainda mais para economizar água. (Foto: Sanepar)

O índice de chuvas registrado nesta primeira quinzena de julho confirma o cenário negativo de precipitações ao longo de 2020 e está 60% abaixo da média histórica, segundo dados do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).

Embora em junho o padrão atmosférico tenha mudado em relação aos meses anteriores, com chuvas que superaram o volume histórico em algumas regiões do Estado, as precipitações concentraram-se em eventos de grande acumulação, como a do último dia do mês.

O “ciclone bomba”, do dia 30 de junho, trouxe ventos de quase 100 quilômetros por hora, causou muitos estragos, principalmente na RMC e no Litoral, mas a chuva que acompanhou provocou apenas um grande escoamento superficial e pouca penetração no solo – conforme explica o Simepar.

Barragens

Sem chuvas suficientes para recuperar o deficit hídrico, em 2020, a Sanepar tem registrado os menores níveis das barragens que compõem o Sistema de Abastecimento Integrado de Curitiba e Região Metropolitana (SAIC) – Iraí, Passaúna, Piraquara I e Piraquara II – desde 2009.

Na Barragem do Iraí, a primeira a ser utilizada pela Sanepar, os níveis foram baixando mês a mês e, na primeira quinzena de julho, chegaram a 15%. No Passaúna, o nível é de 36,5%; Piraquara I, 33%; e Piraquara II, que é a última a ser utilizada e geralmente mantém-se elevada por mais tempo, está com 88%.

“Nos últimos dez anos, nunca as barragens chegaram a níveis tão baixos. O mais preocupante é que os prognósticos de chuvas para os próximos meses não são promissores, mantendo-se a previsão de que teremos um volume muito abaixo da média histórica”, afirma o diretor de Meio Ambiente da Sanepar, Julio Gonchorosky.

Medidas emergenciais

A Sanepar antecipou obras e implantou captações emergenciais que aumentam o volume de água para abastecimento público.

O decreto de crise hídrica do Governo do Estado, de 7 de maio, deu agilidade à Companhia em captação de água em cavas e pedreiras da região, em Fazenda Rio Grande, Pinhais, São José dos Pinhais e Campo Magro.

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