Maria Eduarda Oliveira
Frutas fresquinhas, temperos especiais, legumes e verduras colhidos na hora, café moído, peixe fresco e muito mais você só encontra em feiras livres, geralmente realizada nos principais bairros de um município. Em Paranavaí não é diferente, atualmente seis feiras são feitas semanalmente na cidade (veja os locais no final da matéria).
Nesta quarta-feira, 25 de agosto, é comemorado o Dia do Feirante, por isso, o Portal da Cidade visitou a feira livre do Jardim Ipê para conversar com alguns deles e entender como anda o movimento nos bairros com a pandemia da covid-19 e o avanço da vacinação.
O presidente da associação dos feirantes em Paranavaí, José Chaves, de 62 anos, mais conhecido como "mineirinho do café" trabalha na área há quase 40 anos e conta que perdeu muitos clientes e amigos de profissão para a covid-19. Apesar disso, mineirinho afirma que o movimento nas barracas não diminuiu tanto com a chegada da pandemia e os clientes não deixaram de garantir o famoso café moído.
"Eu frequento a feira do Jardim Ipê desde 1993 e não deixei de vir mesmo na pandemia. As maiores vantagens de comprar aqui é porque as verduras são frescas, a qualidade geralmente é melhor e é bem mais perto de casa do que um mercado maior, por exemplo", disse uma das moradoras da rua onde a feira é realizada, Solange Fornazieri, de 51 anos.
Quem viu na pandemia uma oportunidade para ingressar nesse ramo foi a feirante Jane Riuperes (à esquerda da foto abaixo), de 50 anos. Ela passou a vender peixes frescos e trazer uma renda para dentro de casa. "Meu marido já vendia peixes, mas não na feira. Eu comecei aqui há mais ou menos 8 meses, pois estava precisando bastante de um emprego, agora da feira eu não saio mais", finaliza.
Uma das barracas mais movimentadas que a nossa redação encontrou foi a do seo Nelson de Souza, de 50 anos. Ele é produtor rural e comercializa verduras que planta na própria horta, em Paranavaí, há 30 anos. O feirante garante que atualmente o movimento na feira está melhor do que antes da pandemia. "Ultimamente vejo muitas pessoas jovens vindo à feira. Acredito que seja por causa do preço mais acessível e da mercadoria fresca", relata.
Dona Sueli Ribeiro, de 68 anos, é cliente fiel da feira. Ela vai até o local semanalmente acompanhada de seu carrinho e sai com diversas sacolas. Assim como Solange, também avalia que as maiores vantagens das feiras livres são os produtos frescos e a proximidade com a casa das pessoas do bairro.
Segundo o presidente da associação dos feirantes, atualmente há 45 associados cadastrados. Chaves explica que o objetivo é buscar mais visibilidade para a categoria diante das autoridades municipais. "Queremos deixar tudo da melhor forma possível, quero que meus filhos e netos assumam minha barraca nos próximos anos e continue mantendo a tradição nas feiras da cidade", almeja.
Confira a lista e os locais das feiras:
- TERÇA tem feira na Vila Operária: Rua João Graff Schreiber, entre as ruas Martin Luther King e José de Souza Leite, das 13h às 19h;
- QUARTA é a vez do Jardim São Jorge: Praça do "Mercado Modelo" na Rua Leodegario Gomes Patriota, das 13h às 19h;
- QUINTA a oportunidade é no Jardim Ipê: Rua José Dantas de Lima, entre as ruas Altino da Silva Azeredo e Wladislao Gaida, das 13h às 19h;
- SEXTA (Feira da Lua) tem compras na Praça dos Pioneiros, a partir das 15h;
- SÁBADO (Feira do Produtor) também na Praça dos Pioneiros, das 6h às 12h;
- DOMINGO é a famosa feira no Centro: Rua Pará, entre as ruas Antônio Felipe e Serafim Afonso Costa (próximo à paróquia São Sebastião), das 6h às 12h.
