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Força-Tarefa

Bombeiro do quartel de Paranavaí vai ao RS para ajudar no resgate às vítimas

O cabo Carlos Alberto Filipak, que atualmente trabalha em Terra Rica, disse se sentir honrado em poder contribuir em uma situação trágica como esta.

Publicado em 09/05/2024 às 11:16
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(Foto: Arquivo pessoal)

Um bombeiro do 9° Subgrupamento de Bombeiros Independente (SGBI) de Paranavaí está entre os 37 militares paranaenses que foram enviados ao Rio Grande do Sul nesta quarta-feira (8) para substituir a equipe que já vinha trabalhando nas regiões afetadas por enchentes desde a madrugada de 2 de maio. Assim como o primeiro grupo, este também é formado por profissionais de várias partes do estado com treinamento em grandes desastres. A previsão é que os bombeiros permaneçam no território gaúcho até o próximo dia 16.

Ao Portal da Cidade Paranavaí, o cabo Carlos Alberto Filipak, que atualmente trabalha no Posto de Brigada Comunitária de Terra Rica, disse se sentir honrado em poder contribuir em uma situação trágica como esta. “Desde o ano passado, quando começamos a treinar para integrar a Força-Tarefa, não imaginava que pudesse ser empenhado tão rápido, mas sempre nos preparamos para o pior cenário possível. Como é minha primeira missão desse porte, estou ansioso para poder desempenhar minha função da melhor maneira e ajudar o maior número possível de pessoas”, afirmou.

Comandante-geral do CBMPR, o coronel Manoel Vasco de Figueiredo Júnior, que esteve presente na saída da equipe de Curitiba nesta quarta-feira da sede do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST), destacou o trabalho da Corporação no Rio Grande do Sul e a importância desse rodízio entre os integrantes da força-tarefa. “Os nossos bombeiros trabalharam durante esses oito dias de forma incansável, dormiram muito pouco trabalhando cerca de 20 horas por dia. Isso faz com que esse rodízio seja importante para que tenhamos uma tropa com energia renovada, pronta para o melhor atendimento”, pontuou.

Resgates

Durante os seis primeiros dias de atividade nas cidades gaúchas, o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná foi responsável pelo resgate de 930 pessoas, além de centenas de animais.

O novo contingente paranaense deve seguir trabalhando no resgate de vítimas da enchente e no transporte de remédios, profissionais e materiais. “O primeiro momento, nesse tipo de desastre, é de salvamento. Das pessoas que precisam de ajuda imediata, em que o risco à vida é iminente. Ainda temos essa situação por lá. Nesse sentido, vamos atuar com o salvamento ainda, seja com embarcações ou com a aeronave”, afirmou o capitão Maurício Batista Dubas, líder do novo grupo enviado ao Rio Grande do Sul.

Aos poucos, outras atividades podem ser desempenhadas pelas equipes de segurança, como a busca pelos desaparecidos. “Independentemente do tipo de atividade, vamos dar continuidade, ajudando as pessoas que estão necessitadas, minimizando o seu sofrimento da forma mais eficiente e mais profissional possível”, disse o líder da nova força-tarefa.

A equipe se desloca em caminhonetes com tração nas quatro rodas, capazes de encarar terrenos adversos e acidentados. Na bagagem, as dez viaturas levam mais quatro embarcações – outras nove já estão sendo utilizadas por lá –, motores para essas embarcações, além de material para manutenção e equipamentos de proteção individual, inclusive aqueles voltados a situações de água rápida, como inundações.

A projeção do comandante da missão é de encontrar um cenário delicado, com o nível dos rios ainda exigindo atenção e com muita gente em situação de risco. A previsão do tempo, inclusive, aponta mais chuva, ventos fortes e até granizo. Mas o capitão Dubas entende que em quase uma semana de operação de socorro, os diversos atores envolvidos nesse mutirão de ajuda já desenvolveram um modo de atuação mais propício a cada localidade. Essa experiência adquirida facilita o processo de apoio às vítimas.

“Cria-se uma expertise. Você chega no local, entende o que está acontecendo e o que precisa ser feito. O apoio, a resposta que se necessita, acaba acontecendo num tempo menor e com uma qualidade maior para todos os envolvidos”, acrescentou o bombeiro paranaense.

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