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Saúde

Superlotação da Santa Casa expõe necessidade de ajuda da população

Diretores lembram que a remuneração do SUS é deficitária e não atende a todas as necessidades do hospital

Publicado em 20/08/2018 às 05:15

Na semana passada, por falta de leitos 18 pacientes ficaram “internados” no pronto socorro do hospital, três deles, entubados, a espera de vagas na UTI. (Foto: Santa Casa de Paranavaí)

O único com UTI e o maior hospital de uma região com quase 300 mil habitantes, a Santa Casa de Paranavaí viveu na semana passada uma situação inédita nos últimos 15 anos: pacientes internados no Pronto Socorro e alguns deles em macas, já que a demanda era superior a capacidade instalada. No ápice do estrangulamento, com a falta de leitos em praticamente todas as alas do hospital,18 pacientes ficaram “internados” no pronto socorro, três deles, entubados, a espera de vagas na UTI.

Na avaliação da diretoria, este fato revela a necessidade que o hospital tem de ajuda da sociedade. Diretores lembram que a remuneração do SUS é deficitária. Quanto mais atendimento público, maior o prejuízo do hospital. No caso da Santa Casa há o agravante de que, pela legislação, o hospital teria que destinar apenas 60% dos seus leitos para o SUS. Na prática, este índice sempre está acima de 80%. O rombo financeiro provocado pelo SUS é coberto com doações, atendimento particulares e de convênios e ajuda do Governo do Estado.

“Não fosse o apoio que recebemos do Governo do Estado para a manutenção do hospital, tenho minhas dúvidas se a Santa Casa de Paranavaí ainda estaria aberta”, desabafa o presidente Renato Augusto Platz Guimarães. Para ele, a sociedade precisa se conscientizar de que a instituição é um patrimônio da região e todos devem colaborar para sua manutenção.

“A Santa Casa é um hospital beneficente e, como tal, administra as doações recebidas, sejam públicas ou privadas”, diz o vice-presidente Paulo Sérgio de Abreu Pierin. De acordo com ele, as doações são importantes para que a instituição promova as ampliações necessárias. “Agora mesmo, estamos construindo uma nova UTI, com mais 13 leitos. Está sendo construída com recursos próprios. Está orçada em R$ 3,5 milhões e a primeira fase, que está sendo concluída, custou R$ 1 milhão. Agora precisamos começar a segunda fase, mas ainda não temos recursos para isso”, reforça Pierin.

Para o vice-presidente qualquer pessoa da sociedade pode ajudar. “Pode ser através da fatura da Sanepar (conta de água), adquirindo as cartelas de show de prêmios e outras promoções ou realizando doação em dinheiro diretamente ao hospital. A Santa Casa está aberta a todo tipo de contribuição”, assinala ele.

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