O diretor-geral da Santa Casa de Paranavaí,
Héracles Alencar Arrais, informou na tarde dessa quinta-feira (24) que se o
transporte de mercadorias no país continuar comprometido, em razão da greve dos
caminhoneiros, na próxima segunda-feira (28) serão suspensas as cirurgias eletivas. “Vamos
fazer plantão e atender só as emergências”, disse.
Para Arrais, por enquanto, não há motivo
para alertas ou preocupações. “Estamos com a situação sob controle neste
momento. Mas se a greve persistir segunda-feira teremos que tomar algumas
medidas emergenciais”, reforçou.
A Federação das Santas Casas de Misericórdia
e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná (Femipa) emitiu ontem uma nota afirmando que, com a greve dos caminhoneiros, a “entrega de
medicamentos e materiais já está sendo afetada. Isso porque, tais produtos são
transportados em caminhões não identificados [de transportadoras diversas],
dificultando a liberação nas estradas. A entrega de oxigênio, realizada em
transporte especial e exclusivo para esse fim, permanece normal.”
Segundo Arrais, algumas santas casas já
tomaram providências, entre elas a de funcionários fazerem as refeições
em casa e não no refeitório do hospital, para a economia de gás. “Alguns já
começam a ter até falta de medicamentos. Em Paranavaí, ainda não temos este tipo
de problemas”, esclareceu o diretor do hospital.
Veja abaixo a nota à imprensa expedida pela
Femipa.
"A Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais
Beneficentes do Estado do Paraná (Femipa), representando 61 instituições no
Estado, informa os usuários dos serviços de Saúde, que em função da greve dos
motoristas de caminhões no país, deflagrada no último dia 21, a entrega de
medicamentos e materiais já está sendo afetada. Isso porque, tais produtos são
transportados em caminhões não identificados (de transportadoras diversas),
dificultando a liberação nas estradas. A entrega de oxigênio, realizada em
transporte especial e exclusivo para esse fim, permanece normal.
Com foco na qualidade da gestão, as instituições privadas
sem fins lucrativos, responsáveis por mais de 50% do atendimento aos usuários
do Sistema Único de Saúde (SUS) no Paraná, mantêm estoques limitados de
medicamentos e materiais, a fim de otimizar os recursos financeiros. Dessa
forma, para evitar o desabastecimento, alguns hospitais afiliados à Femipa
alertam que poderão, em primeira instância, adiar a realização de procedimentos
eletivos, garantindo, assim, os atendimentos de urgência e emergência. Caso tal
medida seja necessária, os pacientes com procedimentos eletivos agendados serão
informados previamente.
A Federação reconhece o direito democrático à greve da categoria, esperando que, no menor espaço de tempo possível, o diálogo entre as partes resulte em uma decisão que permita o retorno à normalidade das atividades em todo país - Flaviano Feu Ventorim, presidente da Femipa."