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Decisão

Santa Casa pode suspender cirurgias eletivas por conta da greve

Segundo o diretor-geral do hospital, se o transporte de mercadorias continuar comprometido, os procedimentos serão suspensos na próxima segunda-feira

Publicado em 25/05/2018 às 05:50

(Foto: Reprodução/Redes Sociais)

O diretor-geral da Santa Casa de Paranavaí, Héracles Alencar Arrais, informou na tarde dessa quinta-feira (24) que se o transporte de mercadorias no país continuar comprometido, em razão da greve dos caminhoneiros, na próxima segunda-feira (28) serão suspensas as cirurgias eletivas. “Vamos fazer plantão e atender só as emergências”, disse.

Para Arrais, por enquanto, não há motivo para alertas ou preocupações. “Estamos com a situação sob controle neste momento. Mas se a greve persistir segunda-feira teremos que tomar algumas medidas emergenciais”, reforçou.

A Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná (Femipa) emitiu ontem uma nota afirmando que, com a greve dos caminhoneiros, a “entrega de medicamentos e materiais já está sendo afetada. Isso porque, tais produtos são transportados em caminhões não identificados [de transportadoras diversas], dificultando a liberação nas estradas. A entrega de oxigênio, realizada em transporte especial e exclusivo para esse fim, permanece normal.”

Segundo Arrais, algumas santas casas já tomaram providências, entre elas a de funcionários fazerem as refeições em casa e não no refeitório do hospital, para a economia de gás. “Alguns já começam a ter até falta de medicamentos. Em Paranavaí, ainda não temos este tipo de problemas”, esclareceu o diretor do hospital.

Veja abaixo a nota à imprensa expedida pela Femipa.

"A Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná (Femipa), representando 61 instituições no Estado, informa os usuários dos serviços de Saúde, que em função da greve dos motoristas de caminhões no país, deflagrada no último dia 21, a entrega de medicamentos e materiais já está sendo afetada. Isso porque, tais produtos são transportados em caminhões não identificados (de transportadoras diversas), dificultando a liberação nas estradas. A entrega de oxigênio, realizada em transporte especial e exclusivo para esse fim, permanece normal.  

Com foco na qualidade da gestão, as instituições privadas sem fins lucrativos, responsáveis por mais de 50% do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) no Paraná, mantêm estoques limitados de medicamentos e materiais, a fim de otimizar os recursos financeiros. Dessa forma, para evitar o desabastecimento, alguns hospitais afiliados à Femipa alertam que poderão, em primeira instância, adiar a realização de procedimentos eletivos, garantindo, assim, os atendimentos de urgência e emergência. Caso tal medida seja necessária, os pacientes com procedimentos eletivos agendados serão informados previamente.

A Federação reconhece o direito democrático à greve da categoria, esperando que, no menor espaço de tempo possível, o diálogo entre as partes resulte em uma decisão que permita o retorno à normalidade das atividades em todo país - Flaviano Feu Ventorim, presidente da Femipa."

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