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Saúde

Santa Casa participará de estudo conduzido pelo Hospital Albert Einstein

Estudo, promovido pelo Ministério da Saúde e conduzido pelo Hospital Israelita Albert Einstein, vai avaliar o impacto da telemedicina nas UTIs brasileiras

Publicado em 13/12/2018 às 06:18
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(Foto: Santa Casa de Paranavaí)

A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Paranavaí foi uma das escolhidas para participar de um estudo promovido pelo Ministério da Saúde e que será conduzido pelo Hospital Israelita Albert Einstein. O objetivo é avaliar o impacto da telemedicina nas UTIs brasileiras. Dois grupos serão monitorados: um deles terá o suporte da telemedicina, outro não. O estudo deve ser iniciado em fevereiro e o monitoramento deverá acontecer entre 12 e 18 meses. Estima-se que a conclusão do estudo seja divulgado em aproximadamente três anos.

A informação é do médico chefe da UTI da Santa Casa, Bruno Leal. Segundo ele, ainda não há definição se a Unidade local entrará no grupo em que será instalada a telemedicina ou não. “Nos hospitais em que o Einstein implantar a telemedicina, teremos uma espécie de um robô-vídeo, um monitor, que permitirá ao intensivista do Einstein fazer o ‘round’ diariamente conosco”, explica o intensivista.

O chamado “Round Multiprofissional” já foi implantado na UTI da Santa Casa e consiste em, diariamente, uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde (intensivista, nutricionista, fisioterapeuta, infectologista – equipe do CCIH -, enfermeira, e no caso de Paranavaí, os médicos residentes de Clínica Medica) avaliar conjuntamente, leito a leito, os pacientes da Unidade. Nas unidades a ser implantada a telemedicina, um profissional do Hospital Albert Einstein participará deste trabalho, podendo opinar e discutir o casos com os profissionais locais. Prevalece, no entanto, sempre decisões do intensivista presencial.

Estudos realizados a partir do ano de 2000 mostram que esta prática (round multiprofissional) reduz casos de infecção, utilização de antibióticos, tempo de utilização de ventilação mecânica (paciente “entubado”), tempo de internação e, sobretudo de mortalidade, aumentando a rotatividade nos leitos de UTI, um dos grades gargalos da saúde no país.

 “Levantar estas informações são inclusive as razões deste estudo. Saber se vale a pena ou não a implantação da telemedicina no país”, acrescenta o médico, que se prepara para mais uma especialização, o de neuro-intensivista.

A questão é que, enquanto Paranavaí, por exemplo, já implantou o round e protocolos na UTI e conta com um médico intensivista titulado, a maioria dos hospitais no interior atua “de forma capenga, pois não tem estas condições, não tem o mesmo arsenal que dispomos”, conforme assinala Leal. Este estudo pode ajudar a elevar o nível das UTIs brasileiras.

O chefe da Unidade acredita que a participação neste estudo como hospital pesquisador trará vantagens a Santa Casa. “É importante esta participação e sempre enriquece nossos conhecimentos”, diz ele. Mas o maior benefício será para as UTIs que ainda não funcionam adequadamente na prática e para a população, já que a tendência da melhoria do serviço é ampliar o número de leitos de tratamento intensivo.

 

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