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Covid-19

"População está com falsa sensação de segurança e se expondo mais", diz médica

Festas e reuniões têm aumentado em Paranavaí. Resultado disso, segundo a médica Gislaine Erédia é o aumento de pessoas entre 30 e 50 anos sendo internadas

Publicado em 09/07/2020 às 07:33
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Gislaine Erédia diz que a situação na cidade não é para relaxamento, pois não está sob controle e teme que o número de casos volte a aumentar. (Foto: Santa Casa de Paranavaí)

Médica responsável pela ala covid da Santa Casa de Paranavaí, a infectologista Gislaine Erédia Araújo diz acreditar que Paranavaí pode já ter passado pelo pico da pandemia, mas faz um alerta: os municípios da região, mais distantes, como Loanda e Nova Londrina, ainda estão com muitos casos. “Com o surto no frigorífico, houve aquele boom, aquela explosão. Atingiu Paranavaí e as cidades mais próximas, como Tamboara, São João do Caiuá e Paraíso do Norte. Depois se acalmou. E agora estamos sentados sobre a curva de contaminação. Mas nos municípios mais distantes, a curva ainda pode estar em ascendência”, analisa a especialista.

Ela salienta que a população está com uma falsa sensação de segurança e estão se expondo mais. O resultado disso é que pessoas jovens, entre 30 e 50 anos, sem comorbidades, estão sendo internadas, inclusive indo para a UTI. “As pessoas estão se reunindo em casa, fazendo churrasquinho. Não tem mais de 20 pessoas, mas tem 10, 15 pessoas, o que é perigoso”, diz a médica. O resultado dessa aproximação é que, por exemplo nesta quarta-feira (8) havia mãe e filhas internadas na Ala covid.

Segundo a Santa Casa, a doença ganhou força na região e também em Paranavaí, que atravessava um período de calmaria depois do Dia dos Namorados. “A gente sabia que as pessoas iam se encontrar. E os casos voltaram a subir novamente”, afirma a infectologista.

Gislaine Erédia também diz que a situação na cidade não é para relaxamento, pois não está sob controle e teme um retorno no aumento dos casos. Ela explica que uma barreira contra a doença só será criada quando 70% da população tiver contato com o vírus. “Ainda não atingimos este índice”, finaliza.

Por enquanto, o que a população tem que fazer é se prevenir, evitando aglomerações, reuniões e festas, mesmo que com número reduzido de pessoas, usar máscaras e tomar os devidos cuidados para higienização das mãos.

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