Equipes de agentes de endemias da Vigilância em Saúde de Paranavaí e dezenas de voluntários participaram no sábado (18) do segundo mutirão contra a dengue em duas regiões da Coloninha do Jardim São Jorge.
Durante toda a manhã, foi realizada uma ação de coleta de materiais que podem acumular água em uma área de aproximadamente 66 quarteirões. O resultado foi a retirada de mais 20 caminhões carregados com os materiais descartados pela população.
Agora, a Vigilância em Saúde já está preparando um novo mutirão para o próximo sábado (25). As equipes ainda estão estuando em qual área entre as mais críticas da cidade será realizada a nova ação.
“Temos recebido muitos telefones aqui na Vigilância, de pessoas solicitando agendamento para que nós façamos o recolhimento do lixo nas casas. É importante lembrar que o município tem caminhões que fazem a coleta de lixo em todas as áreas da cidade, inclusive nos distritos. É só o morador tirar o lixo no dia e horário específico do seu bairro, que o material é recolhido. Nos mutirões, nós não vamos entrar para limpar o quintal de ninguém e nem recolher lixo”, frisa Keila.
Lira
O resultado do primeiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes (LIRA) de 2020, divulgado na última sexta-feira (17), é preocupante. O índice, que era de 1,0 (baixo risco) em outubro, agora está cinco vezes maior. O novo Lira registrou média de 6,0, agora alto risco de infestação, o que revela o ritmo acelerado de proliferação das larvas do mosquito Aedes aegypti e mantém as chances de uma nova epidemia na cidade.
A região com maior infestação de larvas é a que abrange os jardins São Jorge, Santa Maria, Matarazzo, Vista Alegre, Simone e Três Conjuntos. Nestes locais o índice é de 7,4.
A região que abrange a Vila Operária e Jardim Santos Dumont, está com índice de 6,5. Em seguida aparecem as regiões dos jardins: Ouro Verde, Ouro Branco e Sílvio Vidal (5,3); e a região do Centro e Jardim Guanabara (4,8). O menor índice registrado foi na região do Sumaré, Morumbi, Monte Cristo, Vila Paris, América e Parque Industrial (3,5).
Entre os locais onde foram encontrados criadouros de larvas do Aedes, o maior percentual (50,9%) está nos depósitos passíveis de remoção, como lixo (recipientes plásticos, latas), sucatas em pátios de ferro velho, entulhos e pneus. Em seguida, aparecem os pequenos depósitos móveis (32%) como vasos e frascos com água, pratos, pingadeiras, recipientes de degelo de refrigeradores, bebedouros de animais e pequenas fontes ornamentais.