A diretora da Vigilância em Saúde de Paranavaí, Verônica
Gardin, e o assessor Randal Fadel Filho, participaram nesta terça-feira (27) da
reunião semanal do Núcleo de Imobiliárias e Corretores de Imóveis da Aciap,
para passar orientações sobre os cuidados com a dengue nas casas fechadas e
terrenos dos loteamentos.
“Os números são preocupantes. Todos os anos, a
tendência do 4º LIRA é ficar com índice abaixo de 1 (baixo risco). Este ano,
nosso último LIRA ficou em 3,6 (médio risco). Algumas regiões estão com índice
muito acima de 4 (alto risco). Estamos em alerta total pois, se a situação
continuar como está, corremos um grande risco de viver uma nova epidemia já no
início de 2019”, destacou a diretora da Vigilância em Saúde.
Segundo Randal, a Vigilância está promovendo uma série de reuniões com setores específicos para passar informações sobre a situação da dengue em Paranavaí. “A ideia é intensificar a fiscalização e o trabalho preventivo nos bairros para tentar evitar uma nova epidemia de dengue na cidade. Esta reunião com os corretores imobiliários é para pedirmos ajuda no sentido de resolver a questão do acesso aos imóveis que estão fechados por estarem à venda ou para alugar.
Durante as visitas domiciliares, já estamos
atualizando o cadastro de todos os imóveis que estão fechados, especialmente
aqueles com piscina. As imobiliárias podem contribuir muito para evitar uma
infestação do mosquito nos imóveis que estão fechados. São atitudes simples,
como esvaziar e envelopar os vasos sanitários com papel filme, para evitar que
o mosquito deposite seus ovos. Também é aconselhável vedar os ralos dos
banheiros, verificar embaixo de pias, meses e, principalmente, não deixar o
mato alto nos quintais”, enfatizou o assessor da Vigilância.
A Vigilância em Saúde já notificou 550 casos suspeitos
de dengue em Paranavaí neste ano. Destes, 35 foram confirmados (positivos), 510
negativados e 5 ainda aguardam resultado. O índice de infestação do mosquito,
que era de 0,9 (baixo risco) em julho, subiu agora para 3,6 (médio risco),
aumentando em quatro vezes as possibilidades de proliferação das larvas do
mosquito Aedes aegypti e as chances de uma nova epidemia na cidade.
“Temos a combinação perfeita para a proliferação do
mosquito da dengue em Paranavaí: índice de infestação aumentando, circulação
viral, altas temperaturas e chuvas constantes. Além disso, a população continua
descartando pneus e lixo em locais inadequados, e cuidando mal dos quintais e
da separação dos materiais recicláveis que podem acumular água. A quantidade de
larvas encontradas nas casas é muito grande”, alertou Randal.