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Epidemia

Dengue: mais de mil casos confirmados em Paranavaí

O boletim mostra que 2.571 pessoas já foram notificadas com suspeita da doença. Destas, 1.019 foram positivadas e 77 pessoas ainda aguardam resultados.

Publicado em 29/08/2019 às 06:06

Desde o final de maio, Paranavaí já foi considerada em estado de epidemia de doença. (Foto: Reprodução/Prefeitura de Paranavaí)

O último Boletim da Dengue, divulgado nesta quarta-feira (28) pela Vigilância em Saúde, aponta que Paranavaí já soma mais de mil casos confirmados de dengue só neste ano. O boletim mostra que, até agora, 2.571 pessoas já foram notificadas com suspeita de dengue na cidade. Destas, 1.019 foram positivadas, 1.475 casos foram descartados e ainda há 77 pessoas aguardando resultados dos exames.

Desde o final de maio, Paranavaí já foi considerada em estado de epidemia de doença. “Para ser confirmado o estado de epidemia, a cidade precisa registrar 300 casos confirmados a cada 100 mil habitantes. No final de maio já tínhamos este número, além de centenas de pessoas aguardando resultados de exames”, explica o assessor da Vigilância em Saúde, Randal Fadel Filho.

Além disso, um levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Saúde apontou que, só no primeiro semestre de 2019, os atendimentos a pacientes com suspeita de dengue nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) custaram R$ 314.535,47 aos cofres municipais.

“De 1º de janeiro até final de junho, tivemos 426 pacientes com suspeita de dengue atendidos na UPA e outros 597 atendidos nas UBSs. Cada atendimento de caso suspeito de dengue na UPA, por exemplo, custa R$ 248,29 para o município”, explica a Secretária de Saúde, Andréia Vilar.

No primeiro semestre, o município também pagou mais de R$ 29 mil para a realização de 4.269 exames - 379 exames de sorologia para dengue e 3.890 hemogramas com plaquetas para suspeita de dengue. Cada exame de sorologia custa R$ 17 e os hemogramas R$ 5,90.

O último Levantamento de Índice Rápido do Aedes (LIRA), realizado entre os dias 8 e 12 de julho, apontou um índice de 1,6 (médio risco), o que revelou uma queda no ritmo de proliferação das larvas do mosquito Aedes Aegypti. Mesmo assim, o município continua em estado de alerta.

“Os números de casos confirmados só aumentam, em um ritmo um pouco mais lento, é verdade, mas continuamos em epidemia. Isso era esperado por conta do inverno, com temperaturas mais amenas e o clima seco. A nossa grande preocupação é que o frio já está passando e os meses de setembro e outubro vão chegar com altas temperaturas e maiores períodos de chuvas. Com a seca, até agora as fêmeas do mosquito estavam colocando os ovos. Quando chover, esses ovos vão eclodir todos de uma vez se não foram eliminados corretamente”, enfatiza Randal.

Atualmente, os agentes de endemias de Paranavaí trabalham em campo fazendo visitas aos 51.821 imóveis cadastrados no município. A cobertura total é de 2.152 quarteirões da cidade. Além disso, a Vigilância faz vistorias quinzenais em 147 pontos estratégicos, onde há maior possibilidade de haver criadouros de larvas do mosquito, como borracharias, ferro velho e armazenadores de recicláveis.

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