Dengue é preocupação mesmo em período de temperaturas baixas no Noroeste

REINALDO SILVA/ DIÁRIO DO NOROESTE- Temperaturas mais baixas retardam o ciclo reprodutivo do Aedes aegypti, mosquito responsável pela transmissão do vírus da dengue. Isso não significa, no entanto, o fim do problema. 
Basta analisar os índices de infestação pelo mosquito no Noroeste do Paraná. Levantamentos concluídos em julho mostram que 11 municípios têm números superiores ao recomendado pelo Ministério da Saúde, que é 1%.
A saber: Alto Paraná (1,1%), Amaporã (3,8%), Diamante do Norte (1,3%), Itaúna do Sul (1,7%), Loanda (3%), Marilena (2%), Nova Aliança do Ivaí (2,6%), Paranapoema (1,6%), Planaltina do Paraná (2,2%), Querência do Norte (1,4%) e Santo Antônio do Caiuá (1,3%).
Chefe regional de Vigilância em Saúde, Walter Sordi Junior disse que a recomendação para os gestores municipais é que realizem campanhas de limpeza, para a retirada de objetos que possam servir como criadouros do Aedes aegypti.
É necessário que toda a população seja envolvida nessas ações, para que também se conscientize sobre os cuidados diários e constantes. Assim, será possível prevenir novos surtos de dengue na região.
Sordi Junior explicou que períodos mais frios e de pouca chuva são ideais para esses trabalhos. Aproveitando que demora mais para o processo reprodutivo, fica mais fácil interromper essa cadeia que resulta na proliferação do mosquito. 
O chefe regional de Vigilância em Saúde também apontou a necessidade de intensificar a fiscalização e multar, de acordo com as legislações vigentes, moradores e empresários que não tomarem medidas preventivas em relação ao Aedes aegypti.
CASOS - De janeiro até o início de agosto, a 14ª Regional de Saúde contabilizou 44 casos de dengue. Ao todo, foram 762 registros de pacientes com sintomas da doença, sendo que 671 não se confirmaram como manifestações do vírus da dengue.