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Saúde

Cirurgias eletivas na Santa Casa ficam suspensas a partir de quarta-feira

Segundo o diretor-geral do hospital, a medida vai garantir, em princípio, o funcionamento do hospital pelos próximos dez dias sem maiores problemas

Publicado em 29/05/2018 às 05:32

(Foto: Divulgação/Assessoria de Imprensa)

A Santa Casa de Paranavaí decidiu, no final da tarde desta segunda-feira, suspender as cirurgias eletivas, a partir de quarta-feira, por tempo indeterminado. Segundo o diretor-geral do hospital, Héracles Alencar Arrais, a medida foi adotada preventivamente e vai garantir, em princípio, o funcionamento do hospital pelos próximos dez dias sem maiores problemas. Serão mantidos as cirurgias e outros serviços de urgência e emergência.

A medida visa fazer frente aos problemas decorrentes da greve dos caminhoneiros com o bloqueio de rodovias em todo o país. O problema é que, alguns insumos e medicamentos não são transportados até o hospital em caminhão exclusivo, que são autorizados a passar pelas barreiras. “Às vezes o nosso fio de sutura, por exemplo, pode estar numa carga, em que é o único produto hospitalar. O resto da carga é de outros produtos. Neste caso, os caminhões são barrados pelo movimento”, explica Arrais.

Além da suspensão das cirurgias eletivas outras ações visando garantir a normalidade do hospital estão sendo adotadas, entre elas a suspensão da alimentação aos funcionários, apesar dela ser cobrada. “A questão não é financeira, mas fazer com que o estoque dos produtos, como o gás de cozinha e os alimentos, durem mais tempo”, diz Arrais.

O diretor clínico em exercício do hospital, José Carlos Penteado, afirmou que, neste momento delicado, é importante que os médicos da região participem e dê suporte a este esforço. “Estamos apelando os colegas da região que mantenham seus pacientes, dentro do possível, nos hospitais locais. A transferência para a Santa Casa deve ser a última alternativa. Se não houver esta colaboração talvez tenhamos que suspender até mesmo as urgências e emergências”, advertiu o médico.

Arrais relatou que as medidas adotadas é consequência da falta de perspectiva de solução a curto prazo em relação ao movimento dos caminhoneiros. Contou que na tarde desta segunda-feira a Direção começou a informar o corpo clínico, enfermagem e demais servidores da decisão, além da 14ª Regional de Saúde e a Central de leitos do Paraná.

A suspensão das cirurgias eletivas vai durar até que “a situação seja normalizada” e os pacientes que cujo procedimento será suspenso serão os primeiros da fila na próxima liberação de cirurgias, segundo informa o hospital.

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