Relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS)
em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alerta para
o aumento de casos de sarampo no mundo. Os números mostram que, nos quatro
primeiros meses deste ano, foram registrados 79.329 casos da doença, contra 72.047
no mesmo período de 2017.
O pico da doença foi registrado no mês de março, quando
foram identificados 25.493 casos. A maior parte dos casos de sarampo
registrados em 2018 foram identificados em países como Uganda e Nigéria, na
África; Venezuela, nas Américas; Iêmen, Emirados Árabes Unidos, Síria, Sudão e
Paquistão, no Mediterrâneo Oriental; Ucrânia, Sérvia, Rússia e Romênia, na
Europa; Índia, Tailândia, Mianmar e Indonésia, no Sudeste Asiático; e Filipinas
e Malásia, no Sudeste Asiático.
Surtos no Brasil
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil enfrenta pelo
menos dois surtos de sarampo – em Roraima e no Amazonas. Até o dia 27 de
junho, foram confirmados 265 casos de sarampo no Amazonas, sendo que 1.693
permanecem em investigação. Já Roraima confirmou 200 casos da doença, enquanto
179 continuam em investigação.
Ainda segundo a pasta, casos isolados e relacionados à
importação foram identificados nos estados de São Paulo (1), Rio Grande do Sul
(6); e Rondônia (1). Outros estados têm casos suspeitos, mas que ainda não
foram confirmados. Até o momento, o Rio de Janeiro informou
oficialmente 18 casos suspeitos e dois casos confirmados de sarampo.
“O Ministério da Saúde permanece acompanhando a situação e
prestando o apoio necessário ao Estado. Cabe esclarecer que as medidas de
bloqueio de vacinação, mesmo em casos suspeitos, foram realizadas em todos os
estados", diz o ministério.
Em 2016, o Brasil recebeu da
Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) o certificado de de eliminação da circulação do vírus do sarampo.