Os bloqueios das rodovias estaduais e federais do Paraná
foram zerados na tarde desta quarta-feira (30). Com o trabalho das forças de
segurança, em especial da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal, às
16 horas desta quarta-feira já não restavam pontos de interdição nas estradas
paranaenses.
A informação foi confirmada pelo chefe da Casa Militar do
Governo do Paraná, coronel Maurício Tortato, em entrevista imprensa. Apenas 12
pontos de manifestação foram identificados até o final da tarde, mas sem
obstrução do tráfego nas estradas.
NAS ESTRADAS - Segundo o coronel, as equipes das duas
polícias estiveram em praticamente todos os pontos para atuar na negociação.
“Todos os caminhoneiros que quiseram voltar às suas atividades normais puderam
retornar com segurança. Também foram respeitados os que decidiram permanecer no
local de mobilização até o final da tarde e início da noite de quarta-feira e
que vão se desmobilizar na quinta-feira”, disse o coronel.
O chefe da Casa Militar, que coordena o grupo formado para
discutir as questões relacionadas à paralisação dos caminhoneiros, afirmou que
o Governo do Estado manteve contato com todos os operadores do sistema de
transporte de cargas, incluindo a classe empresarial e os caminhoneiros
autônomos.
“As estratégias estabelecidas em conjunto entre o Governo do
Estado, as entidades do setor produtivo, Polícia Rodoviária Federal e o
Exército, que agiram de forma gradativa sem desrespeitar o movimento dos
caminhoneiros, trouxeram um resultado positivo”, disse.
Ele salientou que o Governo do Estado vai manter o gabinete
de gestão mobilizado para receber eventuais demandas. “Vamos continuar
acompanhando todas as unidades da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros,
nossas unidades regionais e a Polícia Rodoviária Estadual. A atividade de
inteligência permanece efetivamente para que não tenhamos nenhuma surpresa com
relação a este processo. Acreditamos que vida normal será retomada a partir de
agora”, disse.
MEDIDAS – O coronel Tortato explicou que o Governo do Estado
tomou medidas desde o início da paralisação para reduzir os impactos sobre a
população. “Estabelecemos a estratégia de chamar para a negociação as
lideranças, mesmo que difusas, para que efetivamente houvesse esta
desmobilização”, explicou. “Imaginando a necessidade de atuarmos não com o uso
da força, mas colocando os agentes de segurança em todos os lugares de
manifestação para dar a sensação de segurança e a garantia do direito de ir e
vir. Isso surtiu efeitos”, salientou.
ESCOLTAS – A Polícia Militar também fez escoltas aos
comboios que transportam alimentos e combustíveis. De acordo com o chefe da
Casa Militar, os policiais paranaenses também fizeram, a pedido do governo de
Santa Catarina, o acompanhamento de caminhões do Estado vizinho que circulavam
no Paraná.
INFILTRADOS - Ele também ressaltou que o Governo do Estado
identificou algumas pessoas infiltradas no movimento dos caminhoneiros.
“Trabalhamos com muita reserva porque não há necessidade de potencializar esta
movimentação, já que os resultados almejados foram alcançados pela atuação do
Poder Público”, explicou.
FERIADO – Como o final do bloqueio coincide com o início do
feriado de Corpus Christi, o coronel Tortato lembra os motoristas que pretendem
pegar a estrada que haverá um fluxo maior de caminhões, seja os que estão
retornando para casas ou na reposição da cadeia produtiva. “Estamos com uma
agenda intensa para a recomposição das mercadorias para retomada do
abastecimento em todas as regiões do Paraná”, salientou.
Outra situação, diz respeito aos postos de combustível que ainda não retomaram o abastecimento. “Ainda que estejamos atuando de modo intenso na distribuição de combustíveis em todo o Estado, ainda há algumas deficiências que podem ser um limitador para quem vai viajar. É importante consultar os locais de destino para ver se o sistema de abastecimento está normalizado”, orientou.