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Em alerta

Mais de 70 integrantes do PCC fogem de prisão no Paraguai

Ministro do Interior do país, Euclides Acevedo, afirmou que é possível que alguns dos presos tenham escapado para o Brasil. A maioria é altamente perigosa

Publicado em 19/01/2020 às 21:15
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(Foto: Ilustrativa/ Agência Brasil)

Aproximadamente 75 presos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) fugiram neste domingo, 19, da Penitenciária Regional de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, próximo à fronteira com o Brasil. Um túnel foi encontrado no local, embora o governo acredite que parte dos criminosos tenha escapado pela porta da frente, com a cumplicidade de funcionários do presídio.

Em entrevista coletiva, a ministra da Justiça do país, Cecilia Pérez, ressaltou que o ministério denunciou em dezembro a existência de um plano de "fuga ou resgate" do PCC, pelo qual agentes penitenciários receberiam US$ 80 mil pela liberdade de líderes da facção. O efetivo policial foi reforçado nos presídios, mas não foi possível conter a fuga.

A ministra considerou o caso "extremamente grave e sem precedentes" e colocou o cargo à disposição do presidente paraguaio, Mario Abdo  Benítez. 

Um dos fugitivos, segundo o governo paraguaio, é David Timóteo Ferreira, considerado o líder do PCC dentro do sistema penitenciário do Paraguai. Outros seis são tidos como matadores de aluguel ligados ao tráfico. 

O ministro do Interior do país, Euclides Acevedo, anunciou alerta máximo de segurança. Ele afirmou que é possível que alguns dos presos já tenham escapado para o Brasil. Outros ainda podem estar no país. A maioria dos fugitivos é altamente perigosa, disse o ministro. "Agora, o principal objetivo é recapturá-los e disponibilizá-los ao Ministério Público", afirmou. 

A Polícia de Ponta Porã (MS), na fronteira do Brasil com o Paraguai, encontrou três veículos queimados na BR-463, próximo ao distrito de Sanga Puitã, do lado brasileiro da linha internacional que separa os dois países. Como o achado se deu logo após a fuga, o secretário da Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, Antonio Carlos Videira, também acredita que parte dos criminosos fugiu para o Brasil. 

Ele disse que 200 policiais de várias forças foram deslocados para a região. "São homens da Polícia Rodoviária Estadual, do Departamento de Operações de Fronteira, além de equipes do Bope, Choque e Garra da capital (Campo Grande), com apoio de helicóptero nosso. Vamos fechar não só a fronteira, mas também as divisas com os Estados de São Paulo, Paraná e Goiás, pois já temos a informação de que muitos dos fugitivos são brasileiros de fora do nosso Estado", disse. 

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