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Validade da carteira de motorista pode passar para 10 anos

Projeto do governo também prevê aumento da pontuação de multas.

Publicado em 10/04/2019 às 06:55

(Foto: Ilustrativa/Agência Brasil)

O governo federal vai apresentar um projeto de lei para ampliar a validade da carteira nacional de habilitação (CNH) de cinco para 10 anos. A proposta também deve alterar a pontuação máxima que cada condutor pode acumular ao longo de um ano por causa das infrações. Atualmente, o máximo é 19 pontos. A partir de 20 pontos, um processo de suspensão do direito de dirigir já pode ser instalado pelo órgão de trânsito. A ideia do projeto de lei é ampliar de 20 para 40 pontos o limite exigido para a suspensão da carteira de habilitação.

Segundo o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, os detalhes do projeto foram apresentados nesta terça-feira (9) pelo ministro da infraestrutura, Tarcísio Freitas. Ele deve finalizar ainda nesta semana um projeto que será apresentado ao presidente da República para ser enviado ao Legislativo.

O ministro diz pretender dobrar o limite de pontos para uma carteira de habilitação ser suspensa, de outro, quer reduzir o número de instância de recurso nos processos administrativos que envolvem infrações gravíssimas (suspensão direta). Hoje, os recursos passam por seis instâncias. Com o projeto, serão somente três. Segundo o ministro, a ideia é agilizar a punição às condutas mais perigosas e aliviar a vida do condutor comum.

A proposta de ampliar a pontuação máxima e o prazo de validade da CNH é uma promessa de campanha de Jair Bolsonaro. Quando era deputado, ainda em 2011, Bolsonaro chegou a apresentar um projeto de lei com esse objetivo, mas a proposição não avançou no Congresso Nacional. Segundo especialistas, as propostas podem trazer insegurança ao trânsito.

De acordo com o governo, o aumento na pontuação não vai flexibilizar a punição de motoristas infratores. "O ministro também destacou que o aumento do número de pontos não significa leniência, ao contrário. As infrações graves serão mais duramente punidas pelo sistema", afirmou Rêgo Barros, sem dar detalhes como seria o aumento da punição.

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