Em uma confraternização domingo (7) à noite, que estava
marcada desde o início da campanha eleitoral, ainda no mês de agosto,
“independente do resultado”, o presidente do PV de Paranavaí, Maurício Gehlen
disse que “foi uma campanha vitoriosa, uma campanha do respeito, diferenciada e
muito positiva, pois aprendemos e conhecemos pessoas maravilhosas”, embora o
resultado (21.018 votos) tenha o deixado na suplência. Disse ainda que
aprendeu. “Foi a primeira eleição que colocamos o nosso nome e deu pra ver que
é possível fazer uma política nova”.
Gehlen se reuniu com coordenadores de campanha (e seus
familiares) na sede social da Podium Alimentos, onde é diretor, em jantar de
confraternização. Ele estava acompanhado as esposa Márcia. “Temos que sair
daqui fortalecidos, porque fizemos a campanha mais vitoriosa, no nosso
entendimento. Uma campanha que não se resume a números, mas à esta família que
criamos com todos vocês”.
O empresário passou uma mensagem otimista aos
correligionários. “Saiam daqui energizados, saiam daqui vitoriosos, saiam daqui
felizes. Na vida a gente ganha ou não ganha. Não digo a palavra que todos
gostariam de ouvir. Eu não tenho ela dentro de mim. Só sei fazer o bem. Mas os
desígnios de Deus quiseram que não chegássemos agora”.
Gehlen disse que estava preparado para um resultado adverso,
pois quando se entra numa campanha “é eleger ou não eleger, me preparei para
isso. Sinto mais pela minha família e pelos meus amigos, muito sofrendo mais
que eu e minha esposa Márcia, porque vestiram a camisa do respeito, a camisa da
mudança, a camisa da renovação da política paranaense”. Ele disse que para “nós
do novo, nós do bem, nós que queremos fazer política por ideal, nós que não
gastamos, nós que não compramos, nós que fizemos esta campanha maravilhosa, com
o engajamento” é difícil se eleger.
Ao lado do vereador Lucas Barone, um de seus principais
apoiadores, Gehlen disse que “o país tem jeito, o Estado tem jeito, mas depende
de nós” e num único momento mais áspero revelou que “sofri nesta campanha, não
com o cansaço, sofri com as pessoas ingratas, não que isso reverteu em mais ou
menos votos. Mas vocês imaginem: uma pessoa que sempre procurou fazer o bem,
sofrer a traição de pessoas de dentro de casa. Muitos de vocês não sabem onde é
minha casa, mas abraçaram esta bandeira, a bandeira do respeito e eu tive
muitas decepções nesta campanha, mas é de vocês que vou carregar as melhores
lembranças!”.
O presidente do PV disse que em sua vida pública a campanha
eleitoral “foi a melhor coisa que aconteceu até hoje na minha vida, estou ainda
mais forte, ainda mais fortalecido de continuar a minha vida fazendo o bem para
as pessoas, ninguém vai tirar esta minha disposição. Quando alguém me acusar de
não ajudar os outros, podem ter certeza que é por maldade, como fizeram na
campanha. Mas vocês viram que o bem se sobrepõe ao mal”. E no único momento em
que falou de política, foi de forma reservada: “desejo que nos unamos ainda
mais e, talvez, um dia, quem sabe, colher frutos em Paranavaí, no Estado ou no
Brasil”.