Três estelionatários, um homem, de 40 anos, e duas mulheres, de 55 e 34 anos, foram presos nesta terça-feira (23), em Paranavaí. Conforme a Polícia Civil (PC), todos são moradores de Londrina e estariam na cidade para obter lucros enganando comerciantes e outras pessoas.
Segundo a Polícia Civil, os três foram presos próximo a uma agência bancária durante monitoramento da PC. Os criminosos estariam abrindo contas utilizando documentos falsos e em nome de outras pessoas. O objetivo seria conseguir empréstimos para fazer compras no comércio da cidade.
Ainda segundo a Polícia, os acusados apresentaram nomes falsos ao serem abordados pelos policiais. O homem e as duas mulheres foram presos por estelionato e uso de documentos falsos. A punição para esses crimes variam de 1 a 5 anos de prisão.
COMO FUNCIONAM ESSES GOLPES?
A Polícia Civil afirma que mais de 20 paranavaienses caíram nesse tipo de golpe de dezembro/2020 a fevereiro/2021, resultando em um prejuízo de R$ 120 mil.
O delegado-chefe da 8ª Subdivisão Policial (SDP), Luiz Carlos Mânica, explica que inicialmente as vítimas recebem um telefonema dos golpista, que se passam por operadores de segurança de cartões, agências bancárias ou outras empresas que possuem cartão próprio, informando que alguém tentou fazer compras com o cartão.
Naturalmente, a vítima nega a compra e então o (a) golpista pede os dados do cartão. "Durante a chamada, o estelionatário diz que conseguiu cancelar a compra e o cartão de crédito da pessoa e que o cartão está inoperante", pontua o delegado-chefe. Depois disso, a pessoa é orientada a entregar o cartão a um suposto motorista da empresa, mas que é ligado à quadrilha.
Ainda conforme a PC, os golpistas mentem dizendo que o procedimento correto seria levar o cartão à agência, mas o funcionário irá até a casa do cliente buscar o objeto por conta da pandemia.
"Algumas vítimas relatam que os estelionatários pedem a senha para conseguir o suposto desbloqueio ou ainda sugerem que a vítima confirme ligando no 0800 inscrito no verso do cartão, o que também faz parte do golpe", explica a nota da polícia. Após o motorista buscar o cartão, o objeto é clonado ou utilizado para fazer compras e retirar valores da conta da vítima.
A Polícia Civil orienta a não informar senhas por telefone ou entregar o cartão a qualquer pessoa, devendo dirigir-se pessoalmente a uma agência bancária para certificar a veracidade da ligação.
O delegado-chefe garante ainda que nesses casos o banco não considera como prejuízo e compras ilícitas, pois os procedimentos geralmente são feitos pela internet e com os cartões e códigos de segurança dos próprios clientes.
