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Operação

Três advogados acusados de estelionato são presos no noroeste

A investigação feita pelo Gaeco de Curitiba denunciou à justiça 12 pessoas por crimes cometidos entre os anos de 2011 e 2015

Publicado em 08/02/2018 às 00:15

(Foto: Portal da Cidade Paranavaí )

Na manhã desta quinta-feira (8), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná prendeu três advogados que atuam na região de Santa Isabel do Ivaí (a 100 quilômetros de Paranavaí) e Loanda (a 82 quilômetros de Paranavaí). Eles estão sendo acusados por crimes como estelionato e apropriação indébita.

De acordo com o Gaeco de Curitiba, responsável pelas investigações, integrantes do grupo procuravam pessoas que detinham contas bancárias – normalmente pessoas humildes, idosos ou de pouca instrução –, pegavam procurações e ingressavam na justiça com ações contra os bancos para reaver diferenças financeiras decorrentes de reformas econômicas (diferenças essas conhecidas como expurgos inflacionários).

Em algumas situações, como explica o Ministério Público, quando estavam prestes a receber o dinheiro, os advogados alegavam para os titulares das contas que o processo demoraria ou não daria certo, e os convenciam a desistir de esperar pelo fim do processo. Assim, por uma quantia simbólica, "compravam" o direito das vítimas de receber o dinheiro, embolsando, posteriormente, valores significativos.

De acordo com informações divulgadas pelo portal de notícias G1 Norte e Noroeste, as investigações apuraram que o golpe foi aplicado em 29 pessoas e o prejuízo chegou a R$ 5 milhões.

Segundo o Gaeco, um cartório também é investigado por dar suporte nos processos eletrônicos, emitindo alvarás que eram entregues imediatamente aos advogados que sacavam as quantias, sem dar tempo ao banco de propor recursos. 

Os mandados de prisão preventiva foram expedidos pelo juízo da comarca de Santa Isabel do Ivaí, atendendo pedido do Ministério Público.

No total, o Gaeco investigou e denunciou 12 pessoas à justiça, pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documentos falsos, estelionato, peculato, apropriação indébita e lavagem de dinheiro, além de associação criminosa. Os fatos ocorreram, de acordo com o MPPR, entre os anos de 2011 e 2015.

Na operação deflagrada na manhã de hoje, foram cumpridos, ainda, mandados de busca e apreensão em escritórios e outros estabelecimentos relacionados aos advogados e a outras pessoas supostamente envolvidas nas ações.

*Com informações da Assessoria de Imprensa do Gaeco

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