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Prejuízo

Escola de cursos deixa mais de 30 pessoas no prejuízo em Paranavaí

As vítimas eram alunos de um curso preparatório para concurso da Polícia Militar. Além deles, os professores também não receberam pelas aulas ministradas

Publicado em 18/11/2019 às 21:07
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Dezenas de alunos relatam terem ficado no prejuízo. (Foto: Portal da Cidade Paranavaí)

Uma escola de cursos profissionalizantes de Paranavaí, localizada na Rua Guaporé, Centro de Paranavaí, deixou mais de 30 pessoas no prejuízo. O estabelecimento oferecia cursos profissionalizantes e preparatórios para concursos e, na última semana, fechou as portas, deixando os estudantes sem aulas e sem o ressarcimento do valor pago. 

Os alunos, de Paranavaí e região, contam que investiram em torno de R$ 600 reais na capacitação que iniciou no dia 14 de outubro e duraria, 10 semanas. Segundo eles, nesta segunda-feira (18) receberam apenas uma mensagem do proprietário da escola, via celular, dizendo que a preparação havia sido cancelada por conta de problemas financeiros da empresa.

“Comunicamos através deste que a escola está com dificuldades financeiras e consequentemente não conseguirá levar a frente o curso preparatório, estamos colocando à venda nosso estabelecimento e alguns equipamentos para levantar recursos para o pagamento dos funcionários, lamentamos o transtorno, colocamos nosso advogado à disposição”, dizia a mensagem.

Algumas das vítimas já fizeram boletim de ocorrência nas Polícias Civil e Militar. “Eu fui lesada, como todos foram. É uma sensação horrível. A minha indignação é que eles não pagaram os professores, não se preocuparam com nada. Tem gente que não tem condições financeiras e ele deu um desconto bom, para pagar à vista. Outros pegaram o dinheiro do FGTS para pagar. São pessoas humildes que precisam”, conta uma das alunas que preferiu não ser identificada.

Outra vítima, que mora em uma cidade da região, conta que está desempregada e a irmã estava pagando o curso. “Eu dei uma entrada e o restante ele fez em duas vezes, no boleto, porque estou sem emprego e quem pagou foi minha irmã que está fora do país”, explica.

Além dos alunos, os professores também foram prejudicados e até hoje não receberam um centavo pelas aulas ministradas. O curso tinha duas turmas, uma durante a semana e outra aos fins de semana. Dois dos cinco professores, são de cidades vizinhas e se deslocavam com veículo próprio para ministrar as aulas.

“Não recebemos nada. O prometido era pagar no dia 15 [de novembro], mas como foi feriado, foi transferido para segunda-feira [18], e neste dia ele apenas mandou a mensagem”, conta um dos professores.

O proprietário da escola, não está mais na cidade. Ele ainda era dono de um coworking, inaugurado em junho e que também está de portas fechadas. Em entrevista ao Portal da Cidade, ele afirmou que estava em dificuldades financeiras, sendo ameaçado e, por isso, teve de deixar a cidade.

"Fiz a besteira de pegar alguns recursos com terceiros para tentar manter principalmente os cursos em andamento, mas não consegui pagar esses agiotas e alguns deles começaram a ameaçar a mim e minha família, até que foram até minha casa fazer xingamentos e ameaças a minha mulher e filha. Tive que retirar elas da cidade para garantir a segurança delas. Estamos tentando vender o coworking para que possamos pagar a todos, funcionários, professores, fornecedores e ressarcir os alunos", disse.

Segundo a Polícia Civil, até a tarde desta terça-feira (18), três boletins de ocorrência já haviam sido registrados. Na tarde de ontem, um pessoa também procurou a Policia Militar para relatar o mesmo fato.

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