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MP denuncia quadrilha de Cidade Gaúcha por tráfico de drogas

Segundo a denúncia, a organização transportava a droga usando barcos; entre os denunciados está um investigador de polícia da cidade

Publicado em 13/06/2018 às 05:34
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Droga apreendida em abril pela Polícia Rodoviária de Rolândia (Foto: Divulgação/RPC)

O Ministério Público do Paraná denunciou nove pessoas por organização criminosa e tráfico de drogas em Cidade Gaúcha (a 79 quilômetros de Paranavaí), após oito meses de investigações. Entre os denunciados está um investigador de polícia da cidade, que também foi acusado de corrupção passiva majorada.

Segundo informações do MP, as investigações, em conjunto com Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Maringá, apontaram que a quadrilha trazia grandes quantidades de drogas do Mato Grosso do Sul e de regiões do Paraná, e levava a Cidade Gaúcha utilizando barcos. Depois, todas as cargas eram escondidas em compartimentos secretos de caminhões e transportadas para São Paulo e Rio de Janeiro.

“O investigador de polícia fazia parte da organização criminosa e tinha papel fundamental no esquema de transporte de drogas, pois dava proteção e amparo às ações dos demais integrantes do grupo, mantendo estreito vínculo com o chefe do grupo”, pontua o ministério público.

Em abril, a Polícia Rodoviária Estadual de Rolândia já havia apreendido um caminhão carregado com drogas que, de acordo com o MP, eram da quadrilha de Cidade Gaúcha. Na ocasião, foram encontrados 535 tabletes de maconha, que somaram, aproximadamente, 457 quilos da droga.

Documentos apreendidos mostraram, segundo a denúncia, que o grupo comercializava toneladas de drogas e movimentava grande quantidade de dinheiro. Ainda de acordo com o MP, dentre as despesas da quadrilha estava o pagamento de propina a agentes públicos. “Nos cadernos apreendidos, também estava anotado o apelido do investigador de polícia e a menção a pagamentos de 'pedágios', termo usado como referência às propinas pagas a servidores púbicos. Conforme as investigações do MPPR e o teor dos documentos apreendidos, há indícios de que o investigador recebeu, em diferentes ocasiões, quantias de R$ 5 mil de propina”, explica o MP.

Com a denúncia, oito das nove pessoas envolvidas receberam pedido de prisão preventiva. Uma mulher, também acusada, deve esperar o julgamento fora da cadeia, mas utilizando tornozeleira eletrônica e proibida de sair da comarca. Segundo o ministério público, ela recebeu essas medidas por ter filhos menores de 12 anos. A pedido do MP, a justiça determinou, ainda, o sequestro e o bloqueio de bens de todos os acusados.

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