Eloíse Fernandes
O corredor paranavaiense, Diego Inácio da Silva, de 31 anos, acabou de conquistar o 3° lugar na “Ultramaratona 100 milhas da Serra do Mar”, que ocorreu na cidade de Morretes, no dia 12 de outubro. Foram 23 horas seguidas de corrida, em que os atletas percorreram 160 quilômetros, por asfalto, estrada de chão, Mata Atlântica e paralelepípedos, pelo litoral paranaense.
A prova, que começou às 22h do dia 12 de outubro, seguiu durante a noite e a madrugada, e o paranavaiense só foi concluir o desafio às 21h do dia seguinte. Segundo Diego, a pior parte do trajeto foi a corrida noturna. “Imagine a seguinte situação: você em uma estrada no meio da mata, com uma lanterna de celular (usamos uma que vai na cabeça, mas a iluminação é a mesma), correndo no meio da mata atlântica, com muita chuva e neblina, buracos na estrada e possibilidade de pequenos animais, como cobras, lagartos, aranhas, ratos, encontrei vários. É uma sensação de não saber o que tem na frente”, relata.
Diego também conta que, de 32 atletas que começaram a prova, apenas oito conseguiram concluí-la, muitos acabaram desistindo no meio do percurso. “Eu não parei, minha maior parada foi de uns 5 minutos por causa de bolhas e aproveitei para suplementação. No meio da prova a gente até se questiona o porquê de fazer essas provas tão extremas, mas no outro dia você encontra todas as respostar e já começa a pensar nos próximos desafios. Geralmente o pessoal acha que a prova é a parte difícil, mas não é. A prova é a consequência de meses de treinos de dedicação, física mental e familiar”.
Ultramaratona de 235 km
O atleta, acostumado com corridas longas, diz que não vai
parar nos 160 Km, a maior prova da vida dele até o momento. Só neste ano, ele correu
duas provas de 50 km, uma de 42 km, uma de 105 km, e também foi correndo de Paranavaí a Maringá, acompanhado de mais dois amigos corredores.
Agora, Diego se prepara e tenta patrocínio para a “Ultramaratona
dos Anjos”, que terá um percurso de 235 km, na cidade de Passa Quatro, Minas
Gerais, em junho do ano que vem. “Quando comecei em provas longas achei que 105
km era o meu limite. Hoje, vejo que não é. Cada dia descubro provas maiores e
mais desafiadoras. Entre provas e treinos, só nos últimos 12 meses já estou
chegando a um total de 3 mil
quilômetros, de acordo com dados do meu GPS ”, conta o corredor.
Patrocínio
O maior desafio para o atleta, no entanto, neste momento,
não é vencer os mais de 200 Km de prova em Minas Gerais, mas conseguir
investidores que acreditem nele e queiram patrociná-lo nesta corrida.
Segundo Diego, os gastos com materiais de treino, inscrição,
transporte e estadia no local da prova são muitos. “Estou fazendo as contas, e
uma prova como esta, deve ter um gasto de R$ 4 a R$ 5 Mil reais, entre treinos
e prova. Só a Inscrição custa R$ 1 mil. Temos despesas com suplementação, materiais
obrigatórios como: manta térmica, lanternas, kits primeiro socorros, mochila de
hidratação, fora os materiais de treino. Por exemplo, um tênis de corrida pra
mim dura de 4 a 5 meses, no máximo, cada um varia de R$ 600 a R$ 800,00. Se
fizer as contas, não corre. Brinco que eu pago pra fazer, o que ninguém quer
fazer nem pagando [risos]”.
O prazo para o atleta conseguir o patrocínio e se inscrever
na ultramaratona é até fevereiro de 2019.
Serviço
Quem quiser patrocinar o corredor pode entrar em contato
pelo telefone: (44) 9932-4566 (Whats) ou por e-mail: diego.i.s@hotmail.com
