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Ganhando o mundo

Estudante de Paranapoema relata experiência de intercâmbio na Nova Zelândia

Crystian Jandre, de 15 anos, e outros 99 alunos da rede estadual de ensino participaram da segunda edição do programa de intercâmbio “Ganhando o Mundo".

Publicado em 28/10/2022 às 16:05
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O jovem voltou nesta semana da viagem à Nova Zelândia, onde ficou por três meses. (Foto: Arquivo pessoal)

(Foto: Arquivo pessoal)

Um estudante do Núcleo Regional de Educação de Paranavaí está entre os 100 paranaenses que foram selecionados para fazer um intercâmbio gratuito. Crystian Gabriel Lima Jandre, de 15 anos, é morador de Paranapoema e voltou nesta semana da viagem à Nova Zelândia, onde ficou por três meses.

O jovem e outros 99 alunos da rede estadual de ensino do Paraná participaram da segunda edição do programa de intercâmbio “Ganhando o Mundo”, promovido pelo Governo do Estado. Os participantes foram selecionados com base no desempenho escolar. Concorreram 399 estudantes, representando cada um dos municípios paranaenses.

“Meu diretor pensou em mim e me deu essa chance de participar do programa. [Ele] fez minha inscrição e sempre me motivou, me dando esperança de que eu iria passar. [Dos 399 alunos], apenas 100 passaram, e eu fiquei em 70º lugar, com uma média de 789 de um total de 800”, explica Jandre.

De acordo com o estudante, a ideia de fazer um intercâmbio já havia sido cogitada por ele, mas não era um objetivo neste momento. Contudo, quando a notícia da aprovação chegou, a emoção tomou conta.

A ida ao país da Oceania ocorreu em 24 de julho. Durante o período em que ficaram fora, todos os alunos cursaram um semestre letivo estudando em colégios locais, em séries equivalentes ao ensino médio. Conforme relembra Jandre, estar inserido em uma escola neozelandesa o fez ter uma experiência ainda mais completa no país e conhecer de perto o sistema de ensino.

“Eu pude ver como era a educação lá, foi muito diferente para mim. As escolas são muito diferentes do Brasil, mas mesmo assim eu consegui me adaptar bem. Consegui fazer muitos amigos na escola, minha host family [família que hospedou o estudante] me ajudou muito também, foram muito gentis comigo”, destaca.


Foto: Arquivo pessoal

Para o estudante, o intercâmbio vai além do aperfeiçoamento do inglês. Segundo ele, a experiência também contribuiu para que ele construísse uma nova visão de mundo e até considerasse novos caminhos na escolha da profissão que deseja seguir. “Essa experiência vai agregar muito no meu futuro, eu vou levar todos os aprendizados que tive lá, e, por conta desse intercâmbio, agora consigo ter uma resposta mais concreta sobre o que eu quero para meu futuro. O fato de ter contato com outras pessoas, com modos e costumes diferentes dos meus, foi muito complicado. Mesmo assim, eu consegui ter uma experiência incrível e fiz amizades que levarei para toda a vida. Foi realmente uma surpresa para mim, pois nunca imaginei que aconteceria isso e eu teria uma experiência dessa”, afirma.

O retorno ao Brasil ocorreu nesta terça-feira (25). Agora, o estudante se prepara para voltar ao colégio em que estuda e compartilhar com os amigos todos os detalhes da viagem. “Estou com muita saudades deles. Eles fizeram uma homenagem quando voltei, eu fiquei muito feliz com isso. [Agora] quero reencontrá-los para conversar”, cita.

Ganhando o mundo

O programa de intercâmbio financiado pelo Governo do Estado por meio da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed-PR) oferece vivência em uma escola do Exterior com a prática da língua inglesa, hospedagem com uma família local, desenvolvimento da autonomia e ampliação dos repertórios culturais e acadêmicos dos estudantes. Os alunos da primeira edição passaram um semestre letivo no Canadá, entre fevereiro e julho deste ano.

Em cada edição, foram selecionados 100 estudantes, cada um de uma cidade do Estado. Puderam participar do processo seletivo alunos regularmente matriculados na 1ª série do ensino médio em um colégio público da rede estadual, que cursaram do 6º ao 9º ano do ensino fundamental em um colégio da rede pública, além de ter no mínimo 14 e no máximo 17 anos e seis meses de idade na data de retorno ao Brasil.

Era preciso ter frequência igual ou superior a 85% em cada disciplina no ano letivo de 2021 e ter médias anuais do 9º ano, em 2021, iguais ou superiores a 7 em cada disciplina da BNCC (Base Nacional Comum Curricular). Dentro desses critérios, foram selecionados os alunos com as melhores notas.

Antes da viagem, eles fizeram um curso de inglês preparatório promovido pela Seed-PR em parceria com a Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), por meio da Universidade Virtual do Paraná (UVPR) e do Programa Paraná Fala Idiomas (PFI).

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