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Atraso no desenvolvimento infantil: Saiba quando procurar ajuda

É normal que os pais se preocupem se cada criança está crescendo como deveria; segundo especialistas, alguns sinais podem servir de alerta

Publicado em 08/04/2018 às 04:09
Atualizado em

(Foto: Freepik/Domínio público)

Dos zero aos seis anos de idade, a criança passa pela fase chamada de primeira infância. Segundo o Ministério da Saúde, é nesse período em que o ser humano desenvolve áreas fundamentais do cérebro, relacionadas à personalidade e à capacidade de aprendizado, e vive experiências que dirão o adulto que ele será no futuro.

Durante todo o desenvolvimento infantil, é natural que os pais se preocupem se está correndo tudo dentro do esperado para a idade das crianças. Dúvidas como “será que ela já não deveria estar engatinhando?”, ou “com essa idade, ela não deveria estar falando?”, normalmente são comuns nesse período.

Nem sempre identificar sinais de atraso no desenvolvimento infantil é simples. Pensando nisso, o Portal da Cidade Paranavaí procurou a ajuda de uma especialista no assunto, a psicopedagoga Andréia Capucho. A profissional vai tratar, em uma série de textos, das questões que permeiam a evolução das crianças, da primeira infância à fase escolar.


Nesse primeiro momento, Andréia identificou e elencou os principais sinais de atraso na evolução de uma criança. De acordo com a especialista, atrasos na primeira infância podem resultar, ainda, em problemas futuros, durante o aprendizado da criança dentro da escola. 

Veja alguns sinais de alerta que podem apontar para um atraso de desenvolvimento sócio-cognitivo: 

- De 1 ano a 1 ano e meio, segundo a psicopedagoga, são sinais que pedem atenção especial: a criança não sorrir quando olha para você; não manter contato visual; não fazer barulhinhos nem balbuciar com frequência; não apontar nem mostrar objetos que possam interessá-lo; não responder ao próprio nome; não reagir a sons familiares, como telefone, voz do pai, latido de cachorro; não gesticular para se comunicar (dando tchau ou jogando beijo, por exemplo); não comunicar o que quer ou o que não quer; não participar de brincadeiras como a de esconder o rosto com as mãos e dizer "achou" depois; não imitar os outros nem tentar imitar vozes ou músicas; não brincar com bloquinhos, carros, bonecas, bichos de pelúcia, animais; 

- De 2 anos a 2 anos e meio, os pais devem estar atentos se a criança não presta atenção em história com fotos ou ilustrações; não identifica objetos nomeando-os; não consegue seguir instruções simples (como "vá pegar seu tênis"); 

- De 2 anos e meio a 3 anos, se ela não responde a perguntas sobre experiências recentes; não sabe se expressar sobre estados físicos, como frio, calor, fome, machucado; não segue instruções com duas ou três partes (vá buscar o tênis e traga aqui para a mamãe); não participa de brincadeiras simbólicas, usando, por exemplo, uma banana para fingir de telefone; não se envolve em conversas para trocar experiências e só fala para expressar necessidades.

Conforme destaca Andréia, a mínima presença de um ou mais desses sinais deve ser motivo de atenção e cuidado dos pais. Para a especialista, o melhor caminho é a avaliação e o acompanhamento de um profissional, que vai fazer os encaminhamentos para as devidas áreas e/ou conduzir à terapia, para estimular o desenvolvimento da criança.

Sobre a profissional

Andréia Capucho é psicopedagoga e psicomotrocista. Especializanda em neuropsicopedagogia, tem experiência em ABA (terapia utilizada em crianças que têm desenvolvimento atípico), e certificado em Habilidades Básicas do ABA. Ela, que trabalha há mais de 13 anos com educação, tem experiência, ainda, com crianças autistas.

Proprietária do Espaço Psico, a profissional faz atendimentos na área de psicopedagia, psicomotricidade e terapia ABA. Mais informações pelo telefone (44) 9 9920-8436.

O local oferece, também, apoio pedagógico e aulas particulares de química, física, biologia (com a especialista em Educação Especial Flávia Crespi - telefone (44) 9 9764-5947) e matemática (com o professor Jamir Camargo - telefone (44) 9 9129-6956).

O Espaço Psico está localizado na Rua Etore Giovine, 2734, Jardim Renata, em Paranavaí. 

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