Viajar é uma atividade que para muitos é sinônimo de férias e diversão. No caso de Felipe Figueira, a jornada de um mês pela Europa teve ainda mais potência, pois gerou inspiração para escrever o quinto livro. Há mais de dez anos, ele é professor doutor de História e depois de intensas pesquisas conseguiu visitar lugares emblemáticos da 2ª Guerra Mundial.
Memorial do Holocausto, Berlim.
Apesar de ser um tema delicado e de sofrimento, o paranavaiense transformou os horrores do holocausto em um enredo sensível de poesia e prosa para compor a obra Versos de Varsóvia. "Ler é diferente de escrever. Falar é diferente de ensinar. É preciso prática e cuidados técnicos para transitar de um universo para o outro", afirma.
Figueira ainda descreve que as passagens pela Alemanha, Polônia, Holanda e França, foram cruciais para despertar a imaginação histórica, algo que o motivou a escrever, continuamente, cerca de 100 páginas no mês. O objetivo dele vai ao encontro com a profissão de educador: compartilhar as experiências com os alunos e o máximo de pessoas possíveis.
Bunker feito pelos nazistas, França.
Campo de extermínio, Auschwitz.
No processo inicial de escrita, o historiador faz o material artesanalmente, ou seja, primeiro em manuscrito e depois transcreve no computador. Segundo ele, esta fase da produção leva um tempo maior, mas ajuda a fixar os conteúdos. Figueira diz que cada livro tem um embasamento afetivo por trás. No caso deste lançamento, as histórias da guerra são temas de amplo debate e interesse quando se fala em conflitos mundiais.
Intenso, mas memorável! É assim que o escritor define o nascimento do Versos de Varsóvia. "Só quem escreve sabe quantas horas são necessárias para que uma linha ou página fiquem claras. Acordava às 6h da manhã e só parava de andar e escrever à 00h. Depois de muito esforço, e mesmo correndo o risco de erros, há um momento em que é preciso colocar um ponto final. Dá um calafrio, mas também alegria", comemora o autor.
O livro está disponível para compra pela internet. Clique aqui.
Sobre o escritor
Felipe Figueira é historiador e pedagogo. Possui doutorado em Educação pela Unesp de Marília e pós-doutorado em História pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). É professor no Instituto Federal do Paraná Campus Paranavaí. Ele já viajou por mais de 20 países e é autor dos livros: “Nietzsche e o eruditismo”, “Entre médicos e imigrantes” e “Travessias”. Seus poemas foram classificados em várias edições do Festival de Música e Poesia de Paranavaí (FEMUP).
