Paranavaí aparece na 12ª posição em um ranking que contabiliza as cidades do Paraná onde há maior procura por relacionamentos extraconjugais. É o que sugere um levantamento realizado pelo site Ashley Madison, especializado em aproximar pessoas que buscam um caso fora do namoro ou casamento. O número de paranavaienses inscritos não foi informado, apenas a posição da cidade no ranking.
O ranking leva em consideração a quantidade de pessoas cadastradas no site entre 1º de julho de 2018 e 1º de agosto deste ano. De acordo com o levantamento feito a pedido da reportagem do Portal GMC Online, Curitiba aparece em primeira posição, Londrina em segunda e Maringá em terceira.
Ainda segundo os dados, mais de 35 mil pessoas que moram no Paraná estavam com contas ativas na plataforma de encontros extraconjugais até o começo do mês. Quase 70% deste percentual é composto por homens e mulheres que têm entre 20 a 40 anos.
Veja abaixo a média de idade dos “traidores”:
- 18-20 anos: 5,8%
- 20-30 anos: 34,1%
- 30-40 anos: 33,0%
- 40-50 anos: 18,3%
- 50-60 anos: 6,6%
- 60 anos ou +: 2,2%
Mas afinal, por que as pessoas traem? Para a psicóloga e terapeuta de casais, Monica Menequelli, o fator chave é a falta de diálogo e de resolução de conflitos imediatos.
“O passar do tempo e dias podem colaborar com os reforços de sentimentos desagradáveis do companheiro como raiva, ódio, culpa, humilhação e por aí vai. O orgulho faz a gente ‘engolir muitos sapos’ e assim deixamos de conversar e resolver as divergências no dia ou na hora. Isso com o passar dos anos leva a um casamento desgastado, com mais desentendimentos e decepções”, explica.
“E quando uma pessoa está ferida, sente que não é compreendida, ouvida, isso é um grande motivador [para a traição]. Afinal de contas, o ser humano precisa se relacionar. Essa é uma necessidade intrínseca, cultural e emocional. Quando isso não acontece da melhor forma em casa, onde pode encontrar?”, questiona.
Dessa forma, segundo a psicóloga, é comum que as pessoas envolvidas em casos extraconjugais procurem algo que vai além de sexo.
“Vejo [no perfil de infiéis] desde pessoas com traços de desvio de conduta e que vão fazer isso mesmo tendo uma relação maravilhosa, até pessoas não satisfeitas com a relação, que já não têm suas necessidades atendidas e que também não atendem às necessidades do companheiro (a). Isso é motivado pela falta de interesse, excessos de discussões e ressentimentos. Percebo que pessoas infiéis buscam sexo sem compromisso, satisfação física e fisiológica, desejos atendidos e até a possibilidade de se sentir compreendido pelo outro”, comenta Monica Menquelli.
Já para a diretora de comunicação do site Ashley Madison, Isabella Mise, a traição pode ter também um lado positivo. “Falamos com muitos dos nossos membros e eles nos dizem que a infidelidade ajudou a salvar seu casamento, satisfazendo seus desejos naturais e permitindo que eles retornassem ao casamento como uma pessoa mais completa”, afirma.