Maria Eduarda Oliveira (assistente de conteúdo)
O cabide solidário foi implantado no ano passado e é uma extensão do projeto social Sentinelas do Bem, fundado em 2016. Atualmente, existem dois cabides solidário na cidade, um no Terminal Rodoviário Urbano, outro na Rodoviária.
Cabide localizado na rodoviária. (Foto: Arquivo/Sentinelas do Bem)
Os voluntários do grupo são quem disponibilizam os agasalhos por meio de doações, mas explicam que outras pessoas também podem abastecer o local. Neles está escrito "Ei, morador de rua. Está muito frio aí fora. Pegue um destes". Em letras menores ainda há um apelo pedindo que as pessoas deixem as roupas para quem realmente precisa.
Cabide localizado no terminal rodoviário urbano. (Foto: Arquivo/Sentinelas do Bem)
Qualquer pessoa pode contribuir com o cabide solidário. Basta deixar uma peça de inverno que você não usa mais em um dos dois pontos instalados pelo grupo Sentinelas do Bem.
Um dos voluntários, João Vitor de Souza, 22, conta que durante as épocas mais frias eles têm dificuldade de realizar os trabalhos
desenvolvidos com os moradores de rua. “Por isso, achamos válido fazer [o
cabide]. Podemos deixar o agasalho e sabemos que eles vão pegar”, explica. Ele
conta ainda que o grupo já presenciou outras pessoas que precisam, mas não são
moradores de rua, pegando as roupas para se aquecer.
Os Sentinelas do Bem
O projeto social cristão existe desde 2016 em Paranavaí e nasceu com a ideia de trabalhar com os moradores de rua, mas hoje presta assistência à diversas entidades. Mesmo assim, o trabalho com as pessoas sem moradia continua, eles ainda levam marmita, cobertores e roupas, além de conversar com essas pessoas que, muitas vezes, se sentem sozinhas.
Marmitas preparadas para os moradores de rua. (Foto: Arquivo/Sentinelas do Bem)
A maioria dos membros são jovens que residem
tanto em Paranavaí, quanto em cidades da região. Existe um grupo menor composto
por aproximadamente dez voluntários de 16 a 32 anos, chamado “núcleo”, eles se
reúnem frequentemente para decidir as ações sociais que serão realizadas
durante o mês na cidade. Qualquer pessoa pode ser um voluntário e fazer parte
do projeto.
“Nosso foco, inicialmente, era apenas com moradores de rua.
Um dia identificamos que a realidade era bem diferente e não podíamos fechar os
olhos para isso. Então começamos a fazer um trabalho de assistencialismo. Ajudar
quem realmente precisa, além de ser voltado somente aos moradores de rua”, explica
João Vitor.
Alimentos arrecadados para doações. (Foto: Arquivo/Sentinelas do Bem)
O projeto desenvolve diversas campanhas como arrecadação de alimentos para famílias carentes, distribuição de chocolates para as crianças durante a páscoa e brinquedos no natal, além de ações realizadas nos asilos. Uma das campanhas que reúne mais voluntários é a ceia de Natal, que terá sua 4ª edição neste ano, os voluntários passam a noite do dia 24 jantando com moradores de rua. Em 2018, reuniram cerca de 40 pessoas.
Confecção de cestas básicas com alimentos que sobraram da ceia de natal. (Foto: Arquivo/Sentinelas do Bem)
As ações não tem ligação com nenhuma Igreja. Mas por ser um projeto cristão, os jovens também desenvolvem atos de evangelização na cidade. “Todas as nossas missões são para que o projeto seja visto e Jesus seja lembrado”, destaca.
Paredão de Evangelização. (Foto: Arquivo/Sentinelas do Bem)
Os voluntários mantêm contato por meio de um grupo no WhatsApp,
eles usam a ferramenta para compartilhar as missões desenvolvidas e convidar
quem queira participar. Atualmente, este grupo tem mais de cem pessoas. “Nós
fazemos a publicação e convidamos os voluntários para as missões, é um grupo
com pessoas que querem ajudar, não apenas saber das coisas”, enfatiza.
Quem tem interesse em colaborar de alguma forma com o
Sentinelas do Bem, pode entrar em contato com o voluntário João Vitor Souza por
meio do telefone (44) 99831-7970.
