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Fenômeno

Cometa visível a cada 50 mil anos pode ser observado no céu de Paranavaí

A expectativa é que a melhor visualização do fenômeno seja a partir deste sábado (4), quando o astro ficará visível a olho nu.

Publicado em 04/02/2023 às 07:53
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Veja dicas para conseguir observar o corpo celeste. (Foto: Divulgação/Dan Bartlett/Nasa.)

Um visitante que a cada 50 mil anos frequenta o céu do planeta Terra pode ser observado no céu no hemisfério sul desde o início de fevereiro. Trata-se do cometa C/2022 E3. A expectativa é que a melhor visualização do fenômeno seja a partir deste sábado (4), quando o astro ficará visível a olho nu.

O cometa foi detectado pelo programa Zwicky Transient Facility (ZTF) em março de 2022, quando passava pela órbita de Júpiter. A observação foi feita por meio do telescópio Samuel-Oschin, no Observatório Palomar, na Califórnia (EUA).

Cometas são objetos feitos principalmente de gases congelados, rocha e poeira, e se tornam mais visíveis quando se aproximam do sol, e seu gelo passa a se transformar em gás, formando uma nuvem ao seu redor.

Da última vez que o C/2022 E3 ficou visível, a Terra ainda era habitada pelos neandertais, de acordo com o astrônomo Filipe Monteiro, tendo por base o período orbital desse corpo celeste que, acredita-se, tem como origem a Nuvem de Oort – uma das regiões mais distantes do nosso sistema solar.

“Algumas previsões sugerem que a órbita deste cometa é tão excêntrica que não está mais em órbita do Sol. Se for assim, então ele não retornará e simplesmente continuará indo embora”, informou, por meio de nota, o Observatório Nacional.

Observação a olho nu

Segundo o professor e astrônomo amador Maico Zorzan, será possível observar o cometa em vários pontos do Paraná, inclusive na região de Paranavaí, ao longo dos próximos dias. “Na região, esperamos vê-lo através de simples binóculos, pequenos telescópios, ou até mesmo por meio de fotografias com longa exposição. Ele deve se mostrar ao norte, na região da constelação de Cocheiro (Auriga), sempre no começo das noites, se o tempo permitir uma vista livre de nuvens”, explica.

Para garantir melhor observação, a recomendação é procurar um local com a menor quantidade de luz artificial possível e após o cair da noite. “Também recomendo o uso de aplicativos de mapa celeste para localizar a região no céu. Entre esses podemos citar o Stellarium, o Skymaps e o Safari”, indica.

Com o passar dos dias, o cometa será visto mais alto no céu e com mais tempo de visibilidade. Em sua aproximação máxima, o corpo celeste estará a cerca de 42 milhões de quilômetros da Terra.

Esse poderá ser o primeiro cometa do ano visto a olho nu, e o primeiro após o cometa Neowise, que apareceu em 2020.

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