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Aeronaves apreendidas em Operação podem virar monumentos em Paranavaí

Aviões foram apreendidos em 2015, após investigação iniciada em Paranavaí, sob comando do Delegado KIQ. Saiba o que o município pretende fazer com eles

Publicado em 07/05/2019 às 01:31
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Avião foi interceptado pela FAB em 2015. (Foto: Portal da Cidade Paranavaí)

O transporte de duas aeronaves que estavam no campo da delegacia de Paranavaí, chamou a atenção dos moradores na semana passada. Os dois aviões foram apreendidos em 2015, em uma Operação que envolveu a Polícia Federal e a Polícia Civil de Paranavaí. Na época, o atual prefeito, Delegado KIQ, comandou a equipe que fez a apreensão das duas aeronaves, utilizadas para contrabando de eletrônicos que abasteciam e para o tráfico de drogas.

Avião da frente foi encontrado em canavial de Amaporã, o de trás foi interceptado pela FAB - Foto: Portal da Cidade Paranavaí

“Os aviões foram apreendidos nas investigações da Operação Celeno da Polícia Federal. Ainda quando eu era delegado de Polícia, no final de 2011, início de 2012, começamos a fazer alguns levantamentos preliminares e percebemos que as aeronaves pousavam de madrugada e no final da tarde no aeroporto, sem qualquer registro ou plano de voo. Então, em 2012, nós iniciamos a investigação chamada Ícaro, na delegacia de Paranavaí, mas descobrimos que havia tráfico transnacional e crimes federais, como contrabando, então passamos para a Polícia Federal [PF]de Maringá”, explica o prefeito KIQ.

Foto: Portal da Cidade Paranavaí

De acordo com KIQ, toda a parte operacional dos fatos que ocorriam em Paranavaí era repassada pela Polícia Federal para a Polícia Civil, que conseguiu apreender as duas aeronaves.  “A aeronave branca de prefixo Paraguaio foi apreendida em Amaporã, em uma pista clandestina, no meio de um canavial. Provavelmente quando ela pousou, teve uma avaria na asa, que foi retirada e deixada em uma oficina que funcionava no Aeroporto de Paranavaí. Pouco tempo depois, um piloto foi perseguido pela FAB [Força Aérea Brasileira], no espaço aéreo do Mato Grosso do Sul e, depois de ser alvejado, provavelmente por tiros de advertência, ele pousou em solo Paraguaio. Lá, fez um breve reparo na asa e eu lembro que tinha papelão colado com uma fita adesiva. Desta forma ele voou até Paranavaí e deixou no Aeroporto. Foi lá que a gente apreendeu”, conta KIQ.

Foto: Portal da Cidade Paranavaí

Restauração dos aviões

Os aviões ficaram no campo da delegacia de Paranavaí até a última sexta-feira (3), quando foram transferidos para o Centro de Eventos da cidade. Segundo o prefeito, os veículos foram mudados de lugar para preservar a estrutura, pois há interesse do município em transformá-los em monumentos. “Os aviões ainda não foram doados ao município, mas já existe o pedido na Justiça Federal, que está sob análise do judiciário de Paranavaí. Considerando a grande possibilidade de esses aviões integrarem o patrimônio do município, já estamos cuidando.”

Conforme KIQ , uma das aeronaves , a de prefixo PT-XP, que sofreu a tentativa de abate, o primeira da Força Aérea Brasileira (FAB) na história do Brasil, deve ser colocada no Centro Municipal de Cultura, que será construído no Centro Cívico, no Jardim Oásis. “A outra, nós queremos fazer um aeroparque, no terreno que fica em frente ao aeroporto, uma área institucional do município, mas não existe data, pois isso depende de uma decisão judicial”, explica.

Foto: Portal da Cidade Paranavaí

O investimento para a reforma e restauração dos aviões, segundo o prefeito, será feito pelo próprio município. “Como vai se tratar de um monumento, toda a parte mecânica e elétrica do avião será retirada e, talvez, com a venda desses equipamentos a gente faça a restauração. Mas como é só uma questão de funilaria e pintura, não vai ficar muito caro”, salientou o prefeito.

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