Portal da Cidade Paranavaí

Formatura

Gestantes concluem enxoval e se formam no projeto Gerando Laços de Amor

Projeto possibilita que as futuras mamães produzam gratuitamente enxoval com quase 50 peças gratuitamente.

Publicado em 19/05/2019 às 03:00
Atualizado em

Formandas recebendo os certificados.

21 gestantes de Paranavaí participaram da formatura do projeto Gerando Laços de Amor, na última quarta-feira (14). Além delas, outras 14 mulheres que também participaram do projeto e estavam em gestação avançada, também receberam os kits maternidade. As futuras mamães confeccionaram um enxoval completo, composto por 48 peças, totalmente gratuito. Isso foi possível graças ao projeto “Gerando Laços de Amor”, desenvolvido pela Associação de Amigos da Pastoral da Criança (AAPAC) de Paranavaí em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social.

No projeto elas aprendem diversos tipos de artesanatos, como: bordados, costura, decupagem e crochê. Elas também são instruídas sobre os cuidados com a saúde durante a gravidez, por meio de palestras com profissionais da saúde.

“A maioria chega sem nenhuma habilidade, nunca teve contato com bordado ou com crochê e fica desacreditada que vai conseguir fazer alguma coisa. Mas quando começam o trabalho, ficam encantadas de ver aquilo que produziram e se animam para desenvolver as outras habilidades também. Elas se descobrem. Uma coisa que nunca imaginaram fazer, aprendem e depois voltam para ensinar outras pessoas a fazer”, explica a coordenadora do projeto Érica Rodrigues.


Um exemplo disso é a Angélica Lemes Santos, de 36 anos. Ela participou do projeto no ano passado, quando estava grávida da filha Alice Rita, hoje com nove meses, e chegou sem saber quase nada. Gostou tanto do que aprendeu que hoje é voluntária no projeto.

“Cheguei em condição precária. Meus oito meses de gestação foram muito complicados.  Vim mesmo para o curso para distrair minha cabeça porque eu estava entrando em depressão pela minha situação de gestação. Eu tinha que ficar deitada, eu podia sentar, mas não podia caminhar. Então os médicos me indicaram procurar alguma coisa para fazer. Fui muito bem recebida. Hoje, eu estou sempre junto com elas, só não venho mesmo quando acontece um imprevisto. Eu aprendi uma profissão e ganhei uma família”, relata.

Assim como Angélica, Flávia Consone de Carvalho Pereira, de 27 anos, não se arrepende de ter participado do Gerando Laços. Ela iniciou o curso com a turma em fevereiro deste ano e concluiu o enxoval da pequena Talita. “Eu aprendi muitas técnicas que eu queria há muito tempo aprender. Aqui ganhamos até mais segurança, porque temos a oportunidade de ouvir as meninas falando sobre a experiência delas, sobre parto e gestação.”

Flávia Consone de Carvalho Pereira, 27 anos.

Já Greice Vieira da Silva, de 23 anos, participou do projeto pela segunda vez e além de ter aprendido novas técnicas de artesanato, ressalta a importância das palestras com os profissionais de saúde. “Vindo aqui eu não fico em casa sozinha e aprendo muita coisa. Trocamos ideias e informações. Nas palestras podemos nos inteirar sobre o parto, alimentação saudável e outros”, conta.

Greice Vieira da Silva, 23 anos

A coordenadora ressalta que o projeto, além de ser uma forma de defesa e a garantia dos direito do bebê e da mãe é uma maneira de ensinar às gestantes uma profissão, que poderá ser exercida mesmo depois do parto, com a produção e venda dos artesanatos. 

Érica Rodrigues, Coordenadora do Projeto

Geração de renda

“Um dos objetivos é que elas consigam gerar renda e mudar a perspectiva do que elas podem e tem capacidade de fazer”.

Érica Rodrigues, Coordenadora do Projeto

 

Jessica de Campos dos Santos, de 26 anos, é uma das que pensa em utilizar o que aprendeu para gerar renda.  “Eu vejo muitas mães que tem vontade de ter e não podem por causa do preço. Aqui aprendemos a fazer com materiais mais simples e baratos e já estou até pensando em fazer para vender por um preço mais em conta”, explica.

Jessica de Campos dos Santos, 26 anos

E o carinho entre as alunas, as funcionárias e as voluntárias que trabalham no projeto não termina com o fim do curso. Os bebês e as mães, geralmente, mantêm contato com a equipe e se tornam uma verdadeira família. “É um encantamento em acreditar que a gente pode fazer algo por alguém e saber o quanto a gente é importante na vida das outras pessoas. É um aprendizado constante. Nós ensinamos, mas também aprendemos muito com elas”, finaliza a auxiliar administrativa do projeto, Euzi Garbo.



Fonte:

Deixe seu comentário